O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (29) que a campanha nacional de vacinação contra a gripe, que estava prevista para terminar nesta sexta-feira (1º), foi prorrogada até o dia 15 de junho.
O motivo, segundo o ministério, são “os impactos da paralisação dos caminhoneiros no transporte público e nos atendimentos em serviços de saúde”.
O total de 60 milhões de doses de vacina já foi distribuído aos estados. Após o fim da campanha, caso haja excedente de vacinas, a campanha poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos, informa o governo.
Até o momento, ainda faltam 18,8 milhões de pessoas serem vacinadas em todo o país. A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 54,4 milhões de pessoas, dentro do público-alvo, até o final da campanha.
Entre as 35,6 milhões de pessoas vacinadas até esta segunda-feira (28), 28,8 milhões foram idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, profissionais de saúde, professores das redes pública e privada, indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto).
O público com maior cobertura, até o momento, é de puérperas, com 78,1%. Em seguida, vêm idosos (75,2%), professores (73,1%) e profissionais de saúde (71,6%). Entre os indígenas, a cobertura de vacinação ficou em 63,6% e gestantes 55,1%. O grupo com menor índice de vacinação foram as crianças, entre seis meses e cinco anos, a cobertura é de apenas 49,7%.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
A vacina oferecida pelo Ministério da Saúde é a trivalente, que protege contra H1N1, H3N2 e influenza B.
O país registrou 335 mortes e 2.088 casos de gripe desde o início do ano até o último sábado (26), de acordo com o último boletim do Ministério da Saúde.
Do total, 1.262 casos e 218 mortes foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 412 casos e 58 mortes. Além disso, foram 219 registros de influenza B, com 27 mortes e os outros 195 de influenza A não subtipado, com 32 mortes.
Entre as mortes em decorrência dos vírus da influenza, a média de idade foi de 50 anos.
A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,16% para cada 100 mil habitantes. Dos 335 indivíduos que morrerem em decorrência do influenza, 235 (70,1%) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, com destaque para adultos maiores de 60 anos: cardiopatas, diabetes mellitus e pneumopatas.
Esse público é considerado de risco para a doença, por isso a vacina contra a gripe é oferecida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Ministério da Saúde.
R7
Ale Frata/Frame/Estadão Conteúdo