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Data: 7/04/2025

Um novo estudo liderado por pesquisadores das universidades de Cambridge e Exeter revelou que medicamentos comuns, como ibuprofeno, antibióticos e vacinas, podem estar associados a um menor risco de desenvolver demência.

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Estudo analisa milhões de casos A pesquisa revisou 14 estudos anteriores, abrangendo dados de mais de 130 milhões de pessoas e 1 milhão de casos de demência. Os cientistas identificaram que determinados medicamentos amplamente utilizados poderiam oferecer uma proteção contra a doença, destacando a importância de explorar tratamentos acessíveis para a prevenção da demência.

Medicamentos associados a um menor risco de demência Entre os fármacos analisados, alguns demonstraram uma associação com um menor risco de desenvolver demência. São eles:

Prednisona (corticosteroide); Amoxicilina (antibiótico); Vacinas contra tuberculose, hepatite A e difteria. Os pesquisadores sugerem que o efeito protetor pode estar relacionado às propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras desses medicamentos, que poderiam ajudar a reduzir os danos cerebrais associados à demência.

Medicamentos associados a um maior risco Por outro lado, algumas classes de medicamentos foram associadas a um risco mais elevado de demência, incluindo:

Transforme seu WhatsApp em uma fonte de informação e cultura! Participe do canal da Catraca Livre! 🎉 Medicamentos para diabetes; Vitaminas e suplementos; Antipsicóticos. No entanto, os cientistas alertam que essa relação não significa que esses medicamentos causam a doença. Por exemplo, como o diabetes é um fator de risco conhecido para a demência, pessoas que usam medicamentos para controlá-lo já podem ter uma predisposição maior à doença, independentemente da medicação.

Limitações do estudo Apesar dos resultados promissores, os especialistas ressaltam que são necessárias mais pesquisas para confirmar a relação entre esses medicamentos e a prevenção da demência. O estudo analisou dados observacionais e não incluiu ensaios clínicos randomizados, que são considerados o padrão-ouro para comprovação científica.

Além disso, a demência é uma doença complexa com diversos fatores de risco, incluindo genética, estilo de vida e condições de saúde subjacentes. Portanto, a prevenção deve envolver uma abordagem abrangente, incluindo alimentação saudável, exercícios físicos, estimulação cognitiva e acompanhamento médico regular.

Além disso, vacinas que fortalecem o sistema imunológico podem ajudar a reduzir infecções que, de outra forma, poderiam acelerar processos inflamatórios prejudiciais ao cérebro.

Catraca Livre

Foto: © Ivan-balvan/istock