A sinusite é um quadro comum muito presente nas doenças infecciosas de vias aéreas. Ela ocorre quando há um processo infeccioso e inflamatório dentro dos seios paranasais, chamados de sinos. A condição, que parece simples, pode ser bem perigosa. Isso porque uma sinusite mal curada pode levar a óbito, alerta o Dr. Fernão Bevilacqua, médico otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição.
Os perigos de uma sinusite mal curada Segundo o especialista, sem o tratamento adequado, a sinusite pode gerar uma série de complicações. “O paciente apresenta alteração olfatória, secreção, dor na face, que pode evoluir para uma celulite na face (processo infeccioso inflamatório no tecido subcutâneo)”, alerta o médico.
Além disso, a inflamação pode evoluir e atingir os vasos profundos do crânio, que levam a irrigação para o cérebro. “Pode atravessar a lâmina papirácea que separa a órbita e causar alterações visuais, e levar até a cegueira. Então, um quadro de sinusite complicada é um quadro muito grave que precisa de toda atenção, internação e antibióticos. É um quadro que precisa de muita atenção médica”, reforça o especialista.
SInais do agravamento da sinusite Conforme o otorrinolaringologista, alguns sintomas indicam que o quadro de sinusite se agravou, o que exige atenção médica com urgência:
Alteração na cor da pele (onde dói na face); Inchaço no rosto ou em volta dos olhos; Dor intensa; Febre alta; Cheiro ruim e persistente no nariz (mais de 4 dias). De acordo com o Dr. Fernão, é importante estarmos atentos aos quadros quando eles se agravam, o que pode acontecer sem um tratamento adequado. “Portanto, no caso de sintomas leves que não melhoram com lavagem, spray nasal ou outras medidas caseiras, é preciso sempre procurar um médico para que ele faça avaliação, a fim de evitar os quadros graves da doença”, orienta o especialista.
Entenda porque se automedicar não é uma boa ideia Em casos de doenças respiratórias como a sinusite, é muito comum o paciente recorrer à automedicação. No entanto, a prática é fortemente combatida por especialistas. Segundo o Dr. Fernão, toda vez que a pessoa se automedica ela pode mascarar doenças graves, ou infecções ou sintomas e, assim, os médicos demoram para agir. “Por isso, uma pessoa nunca deve se automedicar”, destaca.
“Uma coisa é fazer tratamento de prevenção, como lavagem nasal. Ao apresentar sintomas leves, que não atrapalham a qualidade de vida, o paciente pode tomar medicamentos sintomáticos no início da doença, mas nunca tomar antibiótico e nunca fazer uso de corticoide sem o consentimento médico. Isso porque essas coisas podem mascarar e selecionar bactérias, gerando um quadro muito mais complexo do que de fato ele era”, esclarece o especialista.
Para o profissional, o ideal é sempre procurar avaliação médica, mesmo que seja no pronto socorro ou num pronto atendimento. O ideal é sempre passar com otorrino. “Então, está com os sintomas nasais persistentes por mais de cinco dias, com febre e com alterações já na pele e com um agravamento dos sintomas, tem que procurar sempre o médico”, reforça.
Saúde em Dia
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