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Após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar encerrada a emergência de saúde pública de importância internacional da Covid-19, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, nesta sexta-feira (5), o fim da classificação e pediu para a população que tome as doses de reforço da vacina contra a doença. "Depois de três anos, hoje finalmente podemos dizer que saímos da emergência sanitária pela Covid-19. Infelizmente, o Brasil passou da marca de 700 mil mortos pelo vírus. E acredito que ao menos metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista", disse Lula.

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O presidente destacou, também, que a doença não foi erradicada. "Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. O governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas", completou.

O presidente argumentou que vidas foram perdidas por causa da negação à ciência. "Por um governo que não comprou vacinas logo quando foram ofertadas ao país e incentivou o uso de remédios sem comprovação científica". As declarações foram dadas no Twitter. Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou encerrada a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional da Covid-19, que estava em vigor desde 30 de janeiro de 2020.

Este era o mais alto nível de alerta da agência em relação a uma doença. Para a organização, não existe uma declaração formal de pandemia, razão pela qual a OMS não usa oficialmente o termo "fim da pandemia". Nesse período, o mundo registrou 765 milhões de casos e 6,92 milhões de mortes, embora a organização estime que esse número seja "várias vezes maior".

A OMS levou em conta que o mundo está mais preparado para lidar com a doença. Para os especialistas, é o momento de os países fazerem uma transição do modo de emergência para o gerenciamento da Covid-19.

R7

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters