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As carências nutricionais na fase infantil são um problema cada vez mais comum no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, divulgada em fevereiro deste ano, aponta que uma a cada 10 crianças com até cinco anos de idade, no país, está com excesso de peso. Esse índice é alarmante e mostra a necessidade de cuidados com a alimentação dos pequenos.

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A consequência dos quilos extras na balança é o prejuízo do crescimento físico ideal, o que pode aumentar o risco de infecções e promover alterações no sistema nervoso, acarretando problemas mentais e intelectuais. Desequilíbrios funcionais e morfológicos, além de doenças crônicas graves ao longo da vida do indivíduo, são outros efeitos comuns em crianças que não desenvolvem hábitos alimentares saudáveis desde cedo.

“Este período é fundamental para estabelecer uma relação sadia com a alimentação. A criança precisa aprender a ingerir boas fontes nutricionais, o que contribui para consumir alimentos de forma mais consciente”, explica o coordenador do curso de Nutrição da Faculdade Unime, Tarcisio Santana. Ao ir ao supermercado, o nutricionista recomenda analisar atentamente os rótulos das embalagens, prática pouco comum, porém essencial. “Muitas pessoas não têm o hábito de ler a embalagem dos produtos que colocam no carrinho de compras, mas esta prática é importante. A partir daí, temos mais condição de avaliar o que vamos oferecer para as crianças”, orienta.

Lancheira saudável Para montar uma lancheira saudável não precisa de muita teoria. Frutas, legumes e verduras da estação são excelentes opções, pois possuem mais sabor e maior densidade nutricional do que os itens cultivados fora da temporada. Esses alimentos costumam estar mais frescos, por serem colhidos no clima e ambiente adequados. Outra vantagem: podem ser mais acessíveis economicamente.

Na lancheira ideal com o intuito de oferecer os principais micronutrientes para o desenvolvimento infantil não deve faltar uma proteína acompanhada da tríade de um líquido, para reposição das perdas em atividades físicas, uma fruta e uma fonte de carboidrato, para fornecer energia.

“As melhores opções são sucos sem adição de açúcar, água de coco e chás. Além das frutas, que devem sempre ser bem higienizadas. A lancheira infantil também pode conter pães, iogurtes e bolachas, de preferência sem recheios. A dica é sempre manter a alimentação o mais natural possível. É muito importante oferecer itens frescos, vindos da natureza, que têm propriedades nutricionais adequadas para nossa saúde”, reforça o nutricionista.

Segundo Tarcisio, a comida industrializada deve ser evitada, já que contribui para aceleração de problemas de saúde, e deve dar espaço para cereais, frutas e hortaliças. “Precisamos evitar alimentos industrializados, ao máximo. Os ultraprocessados têm quantidade excessiva de sódio e não fornecem nutrientes suficientes para o desenvolvimento saudável das crianças”, conclui o profissional.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Foto: Adobe Stock