A campanha de vacinação contra a gripe, que protege da infecção causada pelo vírus influenza, imunizou apenas 7,4 milhões de pessoas durante a primeira fase, iniciada no dia 12 de abril, segundo dados do Ministério da Saúde.
O número corresponde a 29,5% das 25,1 milhões inseridas no primeiro grupo prioritário, que contempla crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade; gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto); povos indígenas e trabalhadores da saúde.
Na segunda fase da campanha, iniciada no último dia 11 de maio, passaram a fazer parte deste grupo as pessoas com 60 anos ou mais e os professores, o que somou mais 32,8 milhões de pessoas ao público alvo para a vacinação.
O Ministério da Saúde pretende vacinar 79,7 milhões de pessoas durante a campanha que vai até o dia 9 de julho.
No consolidado, o número de imunizados até o momento representa apenas 11% do público-alvo global para alcançar a meta do governo, de 90%.
Ainda segundo a pasta, 34,8 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, já foram distribuídas aos estados e ao Distrito Federal. Até o final da campanha, 80 milhões de dose serão distribuídas.
Para pessoas que se enquadram no perfil indicado na primeira fase, mas que não se vacinaram na data indicada, basta comparecer até um serviço de saúde com a caderneta de vacinação e um documento com foto em mãos.
Caso a pessoa não tenha a caderneta, será necessário apresentar algum documento que comprove que ela está inserida no grupo de risco indicado na fase.
As próximas pessoas a entrarem no grupo prioritário são: pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; pessoas com deficiência permanente; forças de segurança e salvamento e Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade. As campanhas de vacinação contra a gripe e contra a covid-19 ocorrem simultaneamente pelo país e, por este motivo, o Ministério da Saúde recomenda que seja respeitado um intervalo de 14 dias entre a aplicação dos imunizantes.
A orientação da pasta é que a população dê prioridade à vacina contra a covid-19 e, ao fazer a imunização, agende a data correta para a vacina contra o vírus influenza.
No caso da vacinação feita com a CoronaVac, imunizante aplicado em duas doses contra a covid-19, o recomendado é que se faça, primeiro, sua imunização completa, conforme explica o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo e membro da Comissão Técnica para Revisão dos Calendários Vacinais da SBIm.
“Se está na sua vez de tomar a vacina da covid, dê prioridade a ela, e faça a influenza 14 dias depois. Mas se você tiver tomado a CoronaVac, que o intervalo é de 28 dias, não dá tempo de você fazer entre uma dose e outra, então faça a da influenza 14 dias após a segunda dose da CoronaVac”, orienta o especialista.
R7
Foto: RODRIGO VIANA/SENADO FEDERAL