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reinfecaçograveEm nota divulgada nesta quarta-feira (7), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) afirmou que um estudo coordenado pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde mostra que uma segunda infecção causada pela covid-19 pode apresentar sintomas mais fortes e que a pessoa pode se reinfectar com a mesma variante.

“Os dados mostram que para a parcela da população que tem a doença na forma branda (em que não é necessária a hospitalização) isso não significa que fique imune ou que uma reinfecção evolua de forma benigna. O estudo indica ainda que a reinfecção pode ser mais frequente do que se supõe”, diz a nota. Em 2020, do início da pandemia até o final do ano, os pesquisadores acompanharam semanalmente um grupo de 30 pessoas, sendo que quatro contraíram o Sars-CoV-2 com sintomas brandos na primeira infecção, e, na segunda, apresentaram sintomas mais frequentes e mais fortes, mas não precisaram ser hospitalizados.

“Essas pessoas só tiveram de fato a imunidade detectável depois da segunda infecção. Isso leva a crer que para uma parte da população que teve a doença de forma branda não basta uma exposição ao vírus, e sim mais de uma, para ter um grau de imunidade. Isso permite que uma parcela da população que já foi exposta sustente uma nova epidemia”, explicou Thiago Moreno, pesquisador responsável por coordenar o estudo, por meio de nota.

O pesquisador também não descarta a possbilidade de ocorrer uma terceira infecção por covid-19. “A gente não sabe quanto tempo dura a imunidade pós-covid. Uma pessoa poderia ficar vulnerável a uma nova reinfecção ou mesmo a contrair uma variante diferente”, afirmou.

O artigo referente à pesquisa, que envolve também pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa (Idor) e da empresa chinesa MGI Tech Co, será publicado em maio na revista Emerging Infectious Desease, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA).

 

R7

Foto: reprodução/Pixabay