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vacanimalA biofarmacêutica canadense Medicago e o laboratório britânico GSK apresentaram documentação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para testes em humanos no Brasil da vacina contra covid-19 desenvolvida pelas duas empresas.

O imunizante, chamado de CoVLP utiliza uma tecnologia de partículas pseudovirais (VLPs) produzidas em laboratório a partir de plantas.
O pedido feito à Anvisa ainda está na fase de análise inicial da documentação enviada. Portanto, não se sabe quantos voluntários serão recrutados e nem em quais cidades os testes serão conduzidos.

Em novembro, ao anunciar que os ensaios de fase 1 foram bem-sucedidos, as duas empresas disseram que pretendem recrutar cerca de 30.000 pessoas para a fase 3, na América do Norte, América Latina e/ou Europa.

Atualmente, a vacina está na fase 2 de ensaios, que é mais abrangente e será feita simultaneamente com a terceira etapa.

A tecnologia da Medicago usa plantas vivas como biorreatores para produzir versões não infecciosas do coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19.

Neste caso, a planta escolhida é o tabaco selvagem (N. benthamiana), "que é a hospedeira experimental mais utilizada em virologia de plantas, devido, principalmente, ao grande número de vírus que podem infectá-la com sucesso", afirma a companhia.

O sistema imunológico enfraquecido da N. benthamiana, resultado de mudanças genéticas naturais ao longo de milênios, permite que o material genético do vírus pode ser hospedado com sucesso pela planta e não rejeitado.

Segundo a empresa, essas partículas semelhantes a vírus "imitam a estrutura nativa" dos patógenos, o que ajuda de forma eficaz o reconhecimento do nosso sistema imunológico.

No entanto, elas não levam nenhum material genético central, "o que não os tornam infecciosas ou capazes de se replicar", acrescenta a desenvolvedora.

 

R7

Foto: DIVULGAÇÃO/MEDICAGO