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covidvacnaO vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, afirmou nesta segunda-feira que o cronograma estimado pela fundação prevê a produção de doses da vacina da Astrazeneca contra a Covid-19 em dezembro e janeiro, e a disponibilização do imunizante em março, após submissão a órgãos de vigilância sanitária.


O Ministério da Saúde tem um acordo com a farmacêutica para adquirir doses da vacina e para a produção dela no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"Temos um cronograma que vai ser cumprido, a gente sempre diz que pode adiantar um pouquinho, pode atrasar um pouquinho", disse Krieger à GloboNews.

"Estamos desde o início... prevendo o início da produção da Fiocruz em dezembro, janeiro, a submissão do registro, já a partir de março temos essas doses", afirmou.

"A boa notícia é que nós teremos um pouquinho a mais de doses, cerca de 30% de cidadãos a mais poderão ser vacinados", comemorou.

Segundo anúncio da Astrazeneca nesta segunda, a vacina, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, foi 90% eficaz na prevenção da Covid-19 quando administrada em meia dose e, pelo menos um mês depois, uma dose integral, de acordo com dados do estudo clínico em estágio avançado realizado no Reino Unido e no Brasil. A farmacêutica britânica disse ainda que a eficácia ocorreu sem nenhum efeito colateral grave.

Krieger explicou que em dezembro será assinado novo contrato que prevê a transferência de tecnologia. Segundo ele, dados sobre o estudo com a vacina no país têm sido apresentados em "pacotes" à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, em janeiro, deve ser apresentado o último deles.

O vice-presidente da Fiocruz disse ainda que há uma expectativa de resposta da Anvisa em 20 dias após essa última submissão de dados.

Krieger enumerou vantagens da vacina, como o seu custo "muito acessível", as condições de transporte e armazenamento e o fato de ela funcionar "bem" entre a população idosa.

"Então nós temos que ter bastante otimismo", disse.

 

Reuters

Foto; Reuters/DIEGO VARA