O novo coronavírus usa uma enzima para modificar seu material genético. Assim, consegue enganar o sistema imunológico e não ser reconhecido como um agente invasor pelas células humas, de acordo com estudo publicado nesta sexta-feira (24) na revista científica Nature Communications.
A pesquisa analisou a estrutura da enzima nsp16, que permite que o vírus faça mudanças em seu RNA mensageiro. Essa 'camuflagem' é essencial para que o coronavírus possa invadir as células do organismo, sobreviver dentro delas e se replicar.
A nova descoberta pode ajudar a desenvolver medicamentos e terapias no combate à covid-19, segundo os pesquisadores. Os estudiosos observam que os antivirais são a base para o tratamento de infecções causadas por vírus e, no geral, agem diretamente contra uma proteína viral.
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"Portanto, é necessário um entendimento mais profundo da função de proteínas virais individuais para desenvolver futuras terapias para a covid-19 e outras possíveis infecções por coronavírus", diz a publicação.
Os pesquisadores também observam que o coronavírus não sofre com a ação da imunidade inata - a primeira arma do organismo contra invasores, mas que não produz memória imunológica - pois seu material genético "deve ser protegido" desse tipo de ataque graças às enzimas presentes em sua superfície.
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Foto: Pixabay/reprodução