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Consequência de um hábito cada vez mais frequente, a síndrome do pescoço de texto é provocada pelo uso do celular. A pessoa fica de pé, muito tempo com a cabeça inclinada para frente e digitando no smartphone.


De acordo com o neurocirurgião Adriano Scaff, é como se a cabeça estivesse pesando 27 quilos ou mais, e pressionando vértebras e músculos. Ele explica que o peso aumenta e a pressão nas vértebras e músculos cresce até oito vezes.

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Normalmente, a cabeça pesa em torno de seis quilos, quando estamos na posição ereta, olhando para frente. A partir do momento que a pessoa começa a flexionar a cabeça para frente, o peso aumenta sobre a coluna cervical.

"A maioria das profissões hoje já têm um hábito de colocar a cabeça para baixo. O nosso corpo não foi projetado para ficar o tempo inteiro para baixo. Isso vai gerar uma sobrecarga, um estresse nas articulações do pescoço", alerta o neurocirurgião.

Muito tempo nessa posição pode causar lesões nos nervos, músculos e vertebras, que resultam em inflamações e no desenvolvimento da síndrome. A preocupação maior é com as crianças, pois a cabeça inclinada provoca mais pressão sobre a região do pescoço do que no adulto.

Os sintomas começam leves e temporários. São eles: dor no pescoço, sensação de músculos presos nos ombros, dor crônica na parte superior das costas, desvio do alinhamento da coluna – que pode resultar numa postura dobrada para frente.

Se a postura não for corrigida, pode causar sintomas mais graves. "Não corrigir a postura, a longo prazo, pode gerar uma doença. Essa doença gera inflamações nos tendões, nos músculos, contratura, dor de cabeça, desgaste na coluna sobrecarregada (articulações, vértebras são desgastadas), formigamento. Tudo isso pelo desbalanço mecânico da coluna", completa Scaff.

O neurocirurgião dá dicas para manter a postura correta na hora de utilizar as telas: segure o dispositivo na altura dos olhos, faça pausas de uso e evite usar com apenas uma mão. Faça também alongamentos recorrentes para aliviar a região da cervical.

 

G1