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abourtUm estudo da Sociedade Europeia de Cardiologia, publicado nesta segunda-feira (13) no Jornal Europeu de Cardiologia Preventiva, relaciona o burnout (esgotamento físico e mental ligado à vida profissional) ao desenvolvimento de arritmia cardíaca.

Durante 25 anos, os pesquisadores acompanharam 11 mil indivíduos, alguns deles com registro de exaustão vital, raiva, uso de antidepressivos e baixo apoio social.

Os participantes com os níveis mais altos de exaustão vital apresentaram um risco 20% maior de desenvolver fibrilação atrial ao longo do acompanhamento, em comparação com aqueles com pouca ou nenhuma evidência de exaustão vital.

A fibrilação atrial é a forma mais comum de arritmia cardíaca. Estima-se que 17 milhões de pessoas na Europa e 10 milhões nos EUA tenham essa condição até o próximo ano, aumentando o risco de ataque cardíaco, derrame e morte.

Embora sejam necessários mais estudos para entender melhor a relação observada, um dos autores do estudo, o médico Parveen K. Garg, da Universidade do Sul da Califórnia em Los Angeles, explica que dois mecanismos provavelmente têm influência.

"A exaustão vital está associada ao aumento da inflamação e à ativação aumentada da resposta fisiológica ao estresse do corpo. Quando essas duas coisas são acionadas cronicamente, podem ter efeitos sérios e prejudiciais no tecido cardíaco, o que pode levar ao desenvolvimento dessa arritmia."

Segundo Garg, os resultados servem de alerta para a prevenção de problemas relacionados ao estresse crônico e ao esgotamento físico e mental de indivíduos.

"Já se sabe que a exaustão aumenta o risco de doenças cardiovasculares, incluindo ataque cardíaco e derrame. Agora relatamos que também pode aumentar o risco de desenvolver fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca potencialmente grave."

 

R7

Foto: Freepik