Quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Esses dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). De acordo com o estudo, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros.
As mulheres são as que mais usam medicamentos por conta própria, pelo menos uma vez ao mês – 53%. Familiares, amigos e vizinhos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição (25%).
Os perigos da automedicação
A automedicação é quando há o uso de remédios sem a avaliação de um profissional de saúde. Quando usado de forma errada, o medicamento pode ter um efeito desastroso. Por isso, é sempre importante consultar um profissional antes de fazer uso de qualquer remédio.
As consequências do uso indiscriminado de medicamentos ocorrem a longo e médio prazo:
Os analgésicos, por exemplo, não curam enxaqueca e podem até piorar.
Antitérmicos podem mascarar algo mais grave, como uma infecção.
Anti-inflamatórios podem sobrecarregar os rins.
Uso de vitaminas só é indicado se a pessoa tiver uma carência específica e precisar de reposição.
Antiácidos e remédios para dor de estômago podem encobrir algo mais sério, como úlceras e gastrites.
Xarope pode mascarar uma pneumonia.
O farmacêutico Tarcísio Palhano alerta para os perigos da automedicação. “Qualquer dorzinha, qualquer sintoma, qualquer sinal, a pessoa já se automedica. Isso pode, inclusive, dificultar o diagnóstico de uma doença mais grave”.
Outro problema comum, que está na casa de muitos brasileiros, é a ‘maletinha de remédios’. “Essa caixa de medicamentos termina sendo uma bomba em potencial. Os medicamentos, com o passar do tempo, eles vão se degradando e pode gerar substâncias tóxicas”, diz o farmacêutico.
Os medicamentos são uma das principais causas de intoxicação no país. As pessoas precisam ser orientadas que medicamento usado sem prescrição pode provocar danos à saúde.
G1