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depressaoO jornalista Pedro Bial declarou em uma entrevista ao canal Pingue-Pongue com Bonfá, no YouTube, que sofre de depressão. A doença atinge 340 milhões de pessoas em todo o mundo e não faz distinção de idade, muito menos classes sociais.

Não é mimimi, nem doença de rico, como algumas pessoas pensam. Muitos preconceitos e tabus cercam a doença. “Quando as pessoas sentem dor, vão procurar um médico, mas quando estão tristes, elas acham que vai passar e não buscam tratamento adequado”, observa a neuro-psicanalista com doutorado pela USP (Universidade de São Paulo) Priscila Gasparini.

A depressão é uma doença que se caracteriza por uma tristeza profunda, que pode vir acompanhada de alguns sintomas como: taquicardia, oscilação da pressão arterial, alterações no sono (dorme muito ou tem insônia) alteração na alimentação – pessoas que não se alimentam ou comem demais para compensar as frustrações. “O corpo dá sinais de que algo não vai bem, a tristeza não dura mais de três semanas e o luto por uma pessoa querida não pode passar dos seis meses, passado esse tempo, é bom procurar ajuda”, orienta.

 

“Até bebês podem ser diagnosticados com depressão, isso se deve porque algumas mulheres fazem uso de substâncias proibidas durante a gestação”, explica. "A depressão atinge todas as idades e todas as classes sociais."

De acordo com Priscila, a doença tem níveis. Pode ser leve, moderada ou grave, para estes dois últimos casos é preciso consultar um médico e tratar com ajuda de medicamentos. No primeiro, terapia é o mais indicado.

 

“Uma boa alimentação também ajuda o corpo na liberação de neuro transmissores, como comer castanhas, grãos e alimentos ricos em ômega”. Atividades físicas liberam endorfina, um antidepressivo que o próprio organismo fabrica. O indicado é se exercitar ao menos 40 minutos por dia.

E o que leva à depressão?

A neuro psicanalista aponta para diferentes fatores que vão da educação e formação de caráter de uma criança até a sociedade atual. “Como a pessoa cresce e aprende a lidar com frustrações, com aprende a ouvir o não, como encara sua maneira de lidar com desafios são alguns pontos”.

Para Priscila, “exigimos demais de nós mesmos”. Nunca na história, o ser humano foi tão cobrado por resultados e lidou com tantas pressões ao mesmo tempo.

E cada vez mais cedo a doença tem se manifestado. Atualmente, jovens de 30 anos já apresentam os sintomas. “Anos atrás, a depressão surgiu com mais frequência na terceira idade. Até adolescentes estão sofrendo muito em função do bullying, um assunto gravíssimo”.

 

R7

Foto: Pixabay