Mulheres que passam mais tempo sentadas têm maior chance de se tornarem frágeis na velhice e viver menos. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália.
Publicado no American Journal of Epidemiology, o estudo analisou cerca de 5.500 mulheres sedentárias acima de 60 anos durante 12 anos. Para realizar a análise, classificou o período de tempo sentado em três categorias: baixo (até 3,5 horas por dia), médio (até 5,5 horas por dia) e alto (mais de 10 horas por dia).
As mulheres que apresentaram maior nível de sedentarismo, ou seja, que permaneciam cerca de 10 horas sentadas por dia, corriam mais risco de se tornarem frágeis na velhice.
Isso significa menor capacidade para se recuperar de doenças e de ferimentos, segundo o pesquisador. “Também está ligado ao aumento do risco de hospitalização, quedas e mortalidade prematura”, explica.
O pesquisador Paul Gardiner, do Centro de Pesquisa em Serviços de Saúde da Universidade de Queensland, afirmou, por meio de comunicado, que o estudo comprovou que mulheres correm mais riscos de se tornarem vulneráveis que os homens na velhice.
Mas, segundo Gardiner, os efeitos de ficar sentado por muito tempo podem ser revertidos. O estudo demonstrou que as participantes que reduziram o tempo sentada em duas horas diárias tiveram o risco dessa vulnerabilidade diminuído.
“Para excluir completamente o aumento desse risco, as mulheres devem tentar permanecer sentadas em níveis baixos ou médios, além de se manterem fisicamente ativas”.
R7
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