A Assembleia Legislativa aprovou, na sessão plenária virtual de quarta-feira (19), requerimento da deputada Teresa Britto (PV) propondo a realização de uma audiência pública para discutir a problemática das queimadas e os mecanismos de controle existentes e os que necessitam ser implantados no Piauí.
A data da audiência não está definida, mas serão convidados representantes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das brigadas civis, do Ministério Público do Estado e de estudiosos que analisam e avaliam os eventos.
Com o período chuvoso encerrado no Piauí, as atenções das autoridades voltam-se para a intensificação das queimadas. No Pantanal do Mato Grosso, por exemplo, o fogo já destruiu milhares de hectares, numa área equivalente a onze vezes a extensão territorial do município de São Paulo. Em Teresina, até mesmo residências já foram destruídas.
Por conta das queimadas, os técnicos estão dando início aos trabalhos de orientação sobre os riscos provocados pelos incêndios e o monitoramento dos lugares que foram focos nos anos anteriores. O trabalho preventivo está sendo feito para conscientizar a população de que os incêndios podem trazer problemas respiratórios, ocasionando uma superlotação nos hospitais e postos de saúde.
No ano passado, até agosto o Corpo de Bombeiros já estava atendendo três vezes mais casos de incêndios e queimadas do que em média nos meses anteriores. O tempo quente e seco, e a queimada do mato para limpeza de terrenos, favoreceram o aumento dos casos, o que tende a se repetir neste e nos próximos meses. Naquela época, o Piauí já era o segundo do Nordeste em focos de incêndio, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em 2018, o Piauí alcançou o índice de maior número de queimadas monitoradas no Brasil.
As autoridades alertam que a queima de resíduo é proibida por lei e pode gerar multas. É importante que a população faça a sua parte e denuncie aos órgãos de segurança aqueles que insistem em provocar incêndios.
Alepi