Embora eu escreva textos ásperos e indignantes, há momentos na vida nos quais vejo o amor em outros anglos da existência. Na verdade, quem escreve não é a minha matéria física, existe um sopro vital que compõe todo esse contexto imaterial e impalpável.
O amor, na minha concepção de energia, é uma radiação de calor que agrega partículas onde possui massa sólida: é o sentimento mais comum da intimidade e fundamental na essência entre os poetas e escritores. Por ser um tema temporal, inexplicável e, sobretudo, por passar pelo presente e voltar ao passado, não poderia ser esquecido.
O amor, muitas vezes, dói na profundidade da alma, sem causar qualquer lesão física no coração. Não se sente uma parte do corpo sangrando, ele machuca apenas o sentimento e a essência espiritual de um ser.
A forte afeição que se sente por outra pessoa pode estar vinculada aos desejos diversificados, depende do sentimento de cada indivíduo. Seja qual for aquele desejo, é um amor, que pode ser amizade ou diverso de outra aspiração ou vontade. Assim, um pensamento visível é um amor, quando já não se consegue andar sozinho e precisamos de ajuda para seguir nosso caminho.
José Osório Filho