juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima. A ordem de prisão foi baseada em informações da Operação Integration, que apura crimes de lavagem de dinheiro e divulgação de jogos online ilegais. Nesse mesmo processo, foram presas a influenciadora digital Deolane Bezerra e a mãe dela. Na decisão contra Gusttavo Luma, a magistrada disse que “não vislumbra para o momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública”. O R7 tenta contato com a defesa do sertanejo.

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Gusttavo também teve o passaporte e o certificado de registro de arma de fogo suspensos. Na decisão, a juíza ainda determinou o bloqueio de R$ 3,3 milhões das contas do cantor (R$ 2 milhões de contas pessoais dele e R$ 1,3 milhão da conta de uma empresa administrada pelo sertanejo) e ordenou o sequestro cautelar de imóveis em nome do cantor.

A Operação Integration tem como objetivo desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que movimenta grandes quantias através da exploração ilícita de jogos. Na ordem de prisão de Gusttavo Lima, a juíza destacou que uma empresa do cantor teria ocultado quase R$ 10 milhões, 5.720 euros (cerca de R$ 35 mil), 5.925 libras (cerca de R$ 43 mil) e 1.005 dólares (cerca de R$ 5.500) provenientes dos jogos.

A investigação da polícia afirma que “há indícios suficientes da participação dele [Gusttavo Lima] no crime de lavagem de dinheiro”.

Suposta ajuda a foragidos Segundo a juíza, um dos motivos para decretar a prisão de Gusttavo Lima foi o fato de ele supostamente ter ajudado outras duas pessoas investigadas pelo esquema, hoje consideradas foragidas, a sair do Brasil para não serem presas.

Em 7 de setembro deste ano, o cantor teria levado as duas pessoas no avião dele em uma viagem que saiu de Goiânia com destino a Kavala, cidade na Grécia. No retorno ao Brasil, Gusttavo Lima voltou sem a companhia dessas duas pessoas.

“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima [nome de nascimento de Gusttavo Lima] com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, disse a juíza.

“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima, ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, completou.

Na decisão, o juízo manteve todos os decretos de prisão já expedidos anteriormente, incluindo o da influenciadora Deolane Bezerra, e determinou que os nomes de foragidos sejam incluídos na lista vermelha da Interpol.

Outros alvos O empresário Boris Maciel também teve a prisão preventiva decretada.“No dia 1º de julho do cantor adquiriu uma participação de 25% na empresa Vai de Bet, o que acentua ainda mais a natureza questionável de suas interações financeiras. Essa associação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações e a legitimidade dos vínculos estabelecidos”, disse a magistrada.

Conforme a juíza, “é fundamental ressaltar que, independentemente de sua condição financeira, ninguém pode se furtar à Justiça. A riqueza não deve servir como um escudo para a impunidade, nem como um meio de escapar das responsabilidades legais. A aplicação da lei deve ser equânime, assegurando que todos, independentemente de sua posição social ou econômica, respondam por suas ações”.

“A tentativa de se eximir das consequências legais por meio de conexões financeiras é uma afronta aos princípios fundamentais do Estado de Direito e à própria noção de justiça. É essencial enfatizar que a Justiça, por sua natureza, é cega e não deve ser afetada por condições financeiras. Ninguém pode escapar de suas responsabilidades, independentemente de sua riqueza ou influência. O dinheiro não deve servir como um escudo contra a impunidade, nem como uma forma de evitar obrigações legais. A aplicação da lei deve ser justa e imparcial, assegurando que todos, independentemente de sua posição social ou econômica, respondam por suas ações. Tentar esquivar-se das consequências legais por meio de conexões financeiras, em uma verdadeira afronta ao cumprimento das decisões judiciais e às requisições das autoridades policiais, é uma violação à lei que deve ser cumprida por todos, sem exceção”, afirmou.

A juíza disse ainda que a capacidade de se esconder e de obstruir investigações torna-se uma arma em mãos de quem se recusa a enfrentar as consequências de suas ações. Além disso, o poder econômico pode ser utilizado para influenciar o processo judicial, intimidar testemunhas ou financiar estratégias de evasão, minando ainda mais a integridade do sistema.

“Diante desse contexto, a manutenção do decreto de prisão se torna imprescindível. É necessário assegurar que a lei seja efetivamente cumprida e que os responsáveis por atos ilícitos sejam responsabilizados. A prisão não pode ser vista apenas como uma medida punitiva, mas como um mecanismo de proteção da sociedade e um meio de garantir que a Justiça prevaleça. Somente assim será possível evitar que a impunidade se perpetue e que os direitos dos cidadãos sejam efetivamente defendidos”, afirmou.

R7

O Ministério da Educação (MEC) está finalizando os preparativos para divulgar, em outubro, um projeto de lei com o objetivo de proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas do Brasil.

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Segundo a pasta, a iniciativa vai dar segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição.

A data de divulgação não foi confirmada.

Em julho, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou relatório no qual sugere que os celulares sejam banidos das escolas. Segundo a Unesco, restrições já são adotadas na França, nos EUA, na Finlândia, na Itália, na Espanha, em Portugal, na Holanda, no Canadá, na Suíça e no México.

Restrições aumentam no Brasil As restrições vêm se intensificando nos últimos anos no Brasil, sejam por iniciativa das próprias escolas ou por regulamentações municipais ou estaduais.

Segundo a pesquisa TIC Educação 2023, lançada no início de agosto pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, o uso de celular já é proibido em 28% das escolas urbanas e rurais do Brasil. Além disso, 6 em cada 10 escolas adotam algum tipo de regra, como determinar horários e locais específicos em que o aparelho pode ser acessado. Ainda segundo o levantamento da TIC Educação, entre as instituições que atendem apenas alunos mais novos, a parcela das que proíbem a utilização do celular passou de 32% (em 2020) para 43% (em 2023).

Considerando as instituições que oferecem também os anos finais do ensino fundamental, a porcentagem subiu de 10% para 21% nesse período. Já nos colégios com ensino médio, o controle parece ser menor: apenas 8% baniram o uso do aparelho.

Debate sobre a proibição O relatório mais recente da Unesco sobre o tema faz uma leitura crítica da tecnologia nas salas de aula e afirma que seu uso não pode ser "soberano".

A entidade chama a atenção para os possíveis prejuízos na concentração dos estudantes e chega a sugerir que os celulares sejam banidos das escolas. De acordo com a agência da ONU, menos de um em cada quatro países do mundo adotou políticas de restrição para os smartphones nas escolas. Outro estudo, feito pela Universidade de Stavanger, na Noruega, em 2012, diz que apenas "scrollar" um site, em vez de virar a página de um livro físico, atrapalha a memória e prejudica a interpretação.

E a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que esse excesso de tecnologia leva a prejuízos na comunicação, problemas no sono e atrasos no desenvolvimento cognitivo.

Celulares X escolas pelo mundo França - Na França, o uso de celular durante o período de aulas, inclusive nos intervalos, é proibido desde 2018 para estudantes de até 15 anos. O programa ainda enfrenta desafios, já que muitos alunos se recusam a entrar os celulares, mas permanece ativo. Países Baixos (Holanda) - Celulares, tablets, relógios inteligentes e outros equipamentos eletrônicos estão banidos das escolas da Holanda desde 1º de janeiro deste ano. O uso dos equipamentos só é permitido se tiver relação com a aula. A proibição é resultado de um acordo entre Ministério da Educação local, escolas e entidades do setor.

China - Desde 2021, o Ministério da Educação chinês proibiu os alunos de levarem smartphones para a escola. Os pais dos alunos que querem levar os aparelhos devem preencher um formulário de solicitação, mas o estudante ainda deve entregar o aparelho para os professores durante o horário das aulas.

Finlândia - Referência em ensino, a Finlândia também discute medidas contra celulares nas escolas. No início do ano letivo atual no país, muitas cidades grandes implementaram a proibição de uso de aparelhos eletrônicos. Nacionalmente, o governo federal prepara uma lei para limitar o uso dos celulares no período escolar.

G1

Foto: Reprodução/TV Globo

Será na noite de hoje a celebração religiosa pelo sétimo dia de falecimento do Antonino Ferreira da Silva (Tony Ferreira). A missa que será celebrada às 19h desta sexta-feira, 13, estará se realizando na Paróquia de Nossa Senhora das Graças, bairro Ibiapaba, em Floriano-PI.

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Devem comparecer alguns dos mais de 12 filhos, mais netos e netas, além de outros familiares. Conforme informações, alguns comunicadores devem comparecer ao evento cultural religioso.

Da redação

A demência, doença caracterizada pela perda da função cognitiva, pode ter uma provocante relação com o mundo laboral, aponta estudo recente divulgado pela revista científica The Lancet. Segundo cientistas, atividades físicas exaustivas no ambiente de trabalho podem estar ligadas ao desenvolvimento de demência em idades mais avançadas.

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Para entender a eventual relação entre os dois fatores, os pesquisadores se pautaram em uma amostra de 7.005 indivíduos acima de 70 anos.

Eles averiguaram a quantidade de atividade física demandada em suas respectivas profissões e o impacto que essas atividades tinha em suas habilidades cognitivas durante o envelhecimento. Os resultados destacam que as ocupações com maior risco de perda de capacidade cognitiva a longo prazo foram vendedores, auxiliares de enfermagem, cuidadores, agricultores e pecuaristas.

Vale a pena suar a camisa? Os resultados mostraram que o risco não é distribuído de maneira uniforme entre todos os trabalhos fisicamente exigentes. Por exemplo, aqueles que tinham profissões inicialmente intensas, mas que diminuíam a carga física ao longo dos anos, apresentaram um maior risco de demência comparados àqueles que atuavam em funções sem demandas físicas. Contudo, esse risco era menor do que para aqueles que tinham empregos com demandas físicas constantes.

O estudo sugere que empregos com uma demanda física mediana – nem muito exigentes, nem muito leves – apresentaram um risco menor de deterioração cognitiva. Com isso, os cientistas sugerem que um equilíbrio na atividade física durante o trabalho poderia ser benéfico para a saúde mental a longo prazo.

Por outro lado, os autores do estudo destacam que as maiores demandas físicas na idade adulta já foram associadas à redução do volume do hipocampo e a um pior desempenho da memória. Eles ainda citam que indivíduos em empregos fisicamente perigosos ou com altas demandas – cognitivas ou físicas – combinadas com pouco controle no trabalho, têm apresentado resultados inferiores em testes cognitivos à medida que envelhecem.

Catraca Livre

Foto: © Getty Images