A Corte eleitoral da Bolívia anunciou, neste sábado (26), a reeleição de Evo Morales após apuração de 100% das urnas. O Brasil ainda não reconhece o resultado e a Organização dos Estados Americanos (OEA) e União Europeia defendem auditoria. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do país declarou estar à disposição para examinação do resultado. Evo foi declarado vencedor com 47% dos votos, após um processo eleitoral marcado por polêmicas.
Evo teve 2.888.359 votos e venceu o opositor, Carlos Mesa, que teve 36,51% dos votos, o equivalente a 2.240.920 votos. Os votos em branco representaram 1,47% dos votos e, os nulos, 3,57%, como informou o TSE boliviano.
Pelas normas eleitorais bolivianas, um candidato vence a eleição no primeiro turno caso atinja a maioria absoluta ou caso consiga mais de 40% dos votos e, ao mesmo tempo, obtenha vantagem mínima de 10 pontos percentuais ao segundo colocado. Exatamente o que ocorreu nesta eleição.
A votação para escolher o presidente da Bolívia foi realizada no último domingo (20). Durante o processo de apuração, foram estabelecidos dois métodos de contagem dos votos. O primeiro, mais rápido, porém, preliminar. O segundo modelo era no voto a voto, mais demorado.
A confusão começou ainda no domingo, quando os dois métodos mostravam evolução de resultados diferentes. Enquanto a preliminar indicava a reeleição do presidente Evo Morales, a voto a voto apontava a disputa de um segundo turno de Morales contra Carlos Mesa.
A votação preliminar chegou a ser suspensa. O ministro das Comunicações, Manuel Canelas, admitiu que o órgão eleitoral errou ao não deixar claro que havia duas contagens paralelas. Já o vice-presidente do TSE, Antonio Costas, pediu demissão e, só neste sábado, cinco dias após o início das votações, o TSE confirmou a reeleição de Evo Morales. A posse será em 22 de janeiro de 2020.
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