Na tarde dessa quarta-feira, 06, o mecânico Raimundo Neto Pereira, 32 anos, se entregou à Delegacia de Luís Correia. Ele confessou ter matado a esposa, a professora Selene Veras Roque, 28 anos, com 26 facadas no último domingo, 03, na casa do casal no povoado Brejinho, na zona rural da cidade.
De acordo com o delegado Maikon Kaestner, o suspeito confessou o crime e disse que não lembra do momento que desferiu as 26 facadas, mas que isso aconteceu depois de várias discussões durante o retorno para casa, onde a vítima havia novamente pedido a separação, alegando que não o amava mais. No entanto, o mecânico disse que não concordava.
“O casal já havia se separado momentaneamente em outras oportunidades. No dia 3 de junho o acusado levou a vítima, pela manhã, até a pós-graduação e foi beber em um bar até que ela terminasse seu compromisso. Por volta do meio dia almoçaram na casa de parentes dela e no final da tarde retornaram para a casa no povoado Brejinho, em Luis Correia. No caminho continuaram discutindo e, já em casa, a vítima pediu a separação novamente alegando não amar mais o acusado, momento em que ele pegou uma faca na cozinha e desferiu os golpes”, descreveu o delegado em nota enviada à imprensa.
O suspeito disse ainda que quando percebeu o que havia feito saiu de casa “desorientado” e que no dia seguinte havia procurado um advogado para se entregar.
A Polícia Militar, comandada pelo Major Palhano, já havia localizado na segunda, 04, o veículo utilizado na fuga, que foi encaminhado à perícia. Um cunhado e um amigo do mecânico que supostamente teriam ajudado na fuga também serão indiciados.
Raimundo Neto chegou à delegacia acompanhado do advogado, por volta das 15 horas. Ele prestou depoimento, em seguida o delegado Maikon Kaestner, titular de Luís Correia, apresentou o mandado de prisão preventiva que havia solicitado na segunda-feira, 04, e deu cumprimento. O mecânico foi então transferido para a Penitenciária Mista de Parnaíba, onde está à disposição da justiça. O crime está elucidado e o delegado tem dez dias para concluir o inquérito.
“A Polícia Civil pede para que as mulheres não tenham medo de denunciar as agressões e façam valer os seus direitos resguardados pela Lei Maria da Penha (11.340)”, destacou o delegado Maikon.
Ele também pede que a população continue ajudando com informações que possam auxiliar nas investigações de crimes ocorridos em toda região através das denúncias anônimas realizadas no formulário de denúncias da Delegacia Regional de Parnaíba que pode ser acessado no seguinte link: bit.ly/denunciapcphb.
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Foto: arquivo pessoal