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Nessa quarta-feira, 06, um motorista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Timon (MA) foi atacado em serviço por um paciente, possivelmente, em surto psicótico. O motorista, de 54 anos, sofreu fraturas nos braços e na face e está internado, fora de perigo, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde aguarda cirurgia.

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A equipe foi chamada, por meio do telefone 192, para atender a um paciente em quadro depressivo.

Segundo a diretora do Samu em Timon (MA), Geovana Luz, a pessoa que solicitou o socorro do Samu omitiu que se tratava de um paciente em surto.

"O solicitante informou ao atendente que se tratava de um paciente depressivo. Nesse tipo de atendimento encaminhamos a ambulância básica, composta pelo motorista e por um técnico de enfermagem, que vão encaminhar o paciente até um hospital para avaliação por equipe multidisciplinar", disse Geovana Luz, diretora do Samu em Timon (MA).

Assim que desceu da ambulância o motorista foi atacado com pedras e uma faca pelo paciente. A técnica de enfermagem também foi atacada. Ela assumiu a direção da ambulância e fugiu do local. Na localidade não havia rede de telefonia móvel que possibilitasse o pedido de socorro, por isso a profissional dirigiu até que conseguiu encontrar uma viatura da Polícia Militar a quem pediu socorro.

O motorista reagiu às agressões e conseguiu repelir o paciente agressor. Ele se abrigou em um terreno, onde foi encontrado pela colega de trabalho e pela PM bastante ferido.

"Ele é um motorista muito experiente e atento, está conosco há 28 anos. Ele reagiu, tentou se defender das agressões e foi assim que ele teve os braços fraturados. Não sabemos se ele vai poder voltar ao trabalho, porque ele precisa dos braços para dirigir a viatura e conduzir a maca, tudo isso exige que ele use a força dos membros superiores", analisou.

Em Timon, o Samu obedece a um protocolo que conta com colaboração da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal para prestar atendimento a pacientes em surto.

"O protocolo diz que o atendimento a pacientes em surto é feito em conjunto com a PM e a Guarda Municipal. Em outros atendimentos, a equipe avalia a segurança ao chegar ao local, se precisar de apoio ele é solicitado via rádio. Agora vamos precisar mudar, para incluir áreas de risco e sem comunicação. Existem áreas aqui que é, extremamente, perigoso se trabalhar. Assim como foi feito em Teresina vamos precisar nos reunir com as autoridades para definir um protocolo de segurança para as equipes do Samu", finalizou.

A diretora do Samu foi até a Central de Flagrantes de Timon onde prestou queixa contra o paciente que agrediu o motorista do Samu. O membro da família do paciente, que não informou seu real estado de saúde, também foi denunciado pelo Samu por não prestar as informações corretas, o que colocou em risco a vida da equipe.

Com informações do cidade verde