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Foi preso na manhã desta terça-feira, 08, o empresário João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, de 35 anos, suspeito de  torturar e matar os adolescentes Luian Ribeiro de Oliveira e Anael Natan Colin. O tio dele, o servidor público Francisco das Chagas Sousa e o primo, o advogado Guilherme de Carvalho também foram presos mais cedo.

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As prisões foram realizadas pela Polícia Civil do Piauí, através do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Conforme a polícia, os três participaram do crime contra os jovens e devem responder pelos crimes de: duplo homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, ocultação de cadáver e fraude processual.

 Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colins, de 17 anos, foram encontrados mortos em 15 de novembro, na zona rural Leste de Teresina, após ficarem dois dias desaparecidos.

O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, afirmou em entrevista à Rede Meio Norte que foram decretadas as prisões dos três acusados, mas o empresário João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, estava foragido.

"As versões que foram apresentadas foram aceitas e terminamos optando por pedir a prisão dos três autores, o Francisco das Chagas, Guilherme de Carvalho e João Paulo de Carvalho e hoje nós fomos dar cumprimento a esses mandados, mas encontramos apenas o pai e filho. O João Paulo está com mandado de prisão decretado, mas fugiu. Ele tem dois endereços apontados na investigação, na manhã de hoje ele não estava em nenhum desses endereços. O delegado que preside a investigação está em contato com o advogado de defesa explicando e pedindo para ele se apresentar para que a polícia não torne uma verdadeira caçada contra ele, mas é bom deixar claro que se precisar nós vamos atrás dele onde quer que ele esteja", declarou.

ADOLESCENTES FORAM TORTURADOS

"Nos últimos dias as novas versões apresentadas se aproximam um pouco mais da realidade, mas está longe de ser a verdade, tem muita coisa para ser esclarecida. Principalmente sobre a sessão de espancamento que esses dois menores sofreram no interior da residência. Esses meninos foram espancados e torturados no interior da casa. Lá havia pelo menos quatro homens, O Francisco, Guilherme, João Paulo e o Amauri. Com essas prisões nós precisamos avançar mais sobre a conduta de cada um deles, é um crime complexo, grave. O que a gente sabe é que quando eles foram colocados no carro eles já foram com a intenção de serem executados, essa história de que no meio do caminho mudaram de ideia, isso é conversa fiada".

PARTICIPAÇÃO DO CUNHADO

“O detalhe principal do inquérito que vai ser feito agora na investigação é verificar. Você está levando três pessoas com uma prisão decretada, mais um, que é o cunhado do João Paulo chegou a residência primeiro que o João Paulo, ele é o que realmente iniciou a delação mais fidedigna do que aconteceu, mas ao mesmo tempo ele tira a conduta dele completamente do crime, como se não tivesse nenhuma participação, isso nós vamos averiguar. O que a gente sabe é que havia quatro homens no interior da casa quando esses menores foram amarrados, vamos ver se realmente os quatro tem participação efetiva”.

MPPI apresenta parecer favorável à prisão de acusados de homicídios

O Ministério Público do Piauí, por meio do promotor de Justiça Regis de Moraes Marinho, titular da 15ª Promotoria de Justiça de Teresina, manifestou-se favorável à decretação da prisão preventiva de João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, Francisco das Chagas Sousa e Guilherme de Carvalho Gonçalves Sousa, por existirem razoáveis indícios que apontam para João Paulo e/ou Guilherme Sousa, como executores materiais dos homicídios e ocultação de cadáver, ao tempo em que os três representados teriam participado ativamente do delito de cárcere privado qualificado de Anael Natan e Luian Ribeiro, não sendo descartado, inclusive, a ciência e adesão de Francisco das Chagas às demais condutas delitivas. A determinação judicial saiu na noite desta segunda-feira, 07 de fevereiro.

O juiz de Direito da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemir Ferreira Santos, decretou a prisão preventiva dos três acusados, diante da gravidade concreta do delito, pela forma como o crime ocorreu e do justo receio de que em liberdade possam causar risco à ordem pública, à preservação da instrução criminal e à aplicação da lei penal.

Na mesma decisão sobre a prisão dos acusados, o representante do Poder Judiciário deferiu, ainda, o pedido de busca e apreensão domiciliar, o afastamento do sigilo de dados eletrônicos e do sigilo telefônico dos aparelhos que venham a ser apreendidos durante a execução da decisão judicial.

MN

Foto: divulgação