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Fui surpreendido pela delicadeza e profundidade da vida.  A própria existência explica esse sono profundo que transpõe em cada face um sorriso diferente. A vida se alimenta da terra e do ar, o oxigênio que nos faz respirar se transforma em gás carbônico que pode ser interpretado em cada gesto de falar e olhar.

Qualquer ser vivo é um retrato da vida, nasce para viver e depois morrer, porque não temos uma vida infinita e somos tão ignorantes que sequer sabemos viver.  E por essa linha lógica da existência, enquanto estamos vivos a qualquer momento podemos morrer.  

Mais do que ninguém eu amo a vida. Nasci para te querer, embora saiba que um dia vou morrer. Enquanto isso não acontecer vou palmilhando na penumbra da sombra do teu anoitecer e amanhecer, te admirando antes de dormir e te amando e agradecendo ao amanhecer, beijando te até morrer.

Todos os dias, vejo a vida em um raio de sol, que ilumina meu ser, os mesmos raios que brilham em meu corpo refletem na profundidade do meu princípio vital.   Passo por passo, posso morrer hoje, mas meu tempo será quando o medo da morte enxergar o fim da vida.

Não penso em um dia deixar de existir. Minha matéria é finita, mas minha parte imaterial é uma sombra que continuará a ter presença viva, além desse mundo de onde um dia todos nós teremos que partir. No entanto, sempre irei amar a vida, principalmente a terra, a fauna e a flora. A natureza é minha mãe, eu a amo, adoro e agradeço o milagre da existência de continuar vivo, podendo pensar e amar, escrever e me apaixonar. Vê na escrita um grande amor, onde ninguém é capaz de imaginar ou mensurar, o tamanho da gratidão que flui na   alma e no coração.  É como se tudo isso fosse um contentamento interno de uma eterna paixão.  

osorio  

 

Da redação