Nessa terça-feira, 04, a Secretaria de Justiça do Piauí afastou três agentes penitenciários. Eles estariam envolvidos na operação que resultou na fuga do preso Fleques Pereira Lacerda, na última sexta-feira (01).
Para o secretário de Justiça do Piauí, Carlos Edilson, a medida é preventiva e resguarda a apuração da ocorrência. “Vamos aguardar os desdobramentos das investigações e seremos firmes no caso de negligência ou até mesmo de envolvimento com o crime organizado”, afirma o secretário.
Segundo o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), é proibido ao agente público no exercício do cargo omitir-se no zelo da integridade física ou moral dos presos ou negligenciar na sua guarda.
O afastamento é previsto na Lei Complementar Estadual nº 13, de 03 de janeiro de 1994, que prevê a medida cautelar com o fim de que servidores envolvidos em investigações não venham a influir na apuração dos casos. O afastamento do cargo pode ser de até 30 dias, prorrogáveis por igual período.
Entenda o caso
Na noite de sábado (01), o detento Fleques Pereira Lacerda que cumpria pena na Penitenciária Professor José Ribamar Leite alegou sentir dores no abdômen e foi conduzido para o Hospital do Promorar, zona Sul de Teresina. Mesmo estando algemado, o homem conseguiu fugir do local.
Relação com o PCC
Segundo uma denúncia feita pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sipoljuspi), o detento teria ligações com a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Fleques Pereira Lacerda teria recebido uma visita íntima no dia anterior da sua fuga e uma motocicleta o aguardava próximo ao hospital.
De acordo com o vice-presidente do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho, a visita poderia ter relação com a fuga do detento. “Enquanto o outro agente providenciava uma cadeira de rodas, ele aproveitou que só tinha um no local e fugiu, já tinha uma moto aguardando próximo ao local. Acreditamos que o próprio PCC pode ter auxiliado na fuga devido à fama dele”, ressalta Vilobaldo Carvalho.
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