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Nesta quarta-feira, 3, a Polícia Civil do Piauí concluiu, o inquérito do caso envolvendo a abordagem de policiais militares ao pintor Gustavo de Oliveira Silva, de 22 anos. Ele foi baleado no abdômen durante uma aproximação do 5º Batalhão da Policia Militar (5º BPM), da Zona Leste de Teresina, na madrugada do dia 20 de dezembro de 2017.

 

De acordo com o delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial (DP) a ação dos policiais militares foi precipitada. “Quando uma pessoa foge de uma abordagem, ele está com o documento atrasado ou com medo da polícia. Se ele vier para cima da polícia, aí tem que reagir, mas se não for assim, melhor não atirar”, afirmou.

 

Segundo o delegado, a vítima não tem passagem na polícia e os policiais teriam plantado uma arma de brinquedo no carro do pintor. O delegado acrescentou que também foi pedido a uma testemunha para mentir no depoimento prestado no dia da ocorrência, na Central de Flagrantes.

 

No inquérito, que será encaminhado para a Justiça nesta quinta-feira (4), a Polícia Civil conta que a vítima estava em um posto de combustíveis ingerindo bebida alcoólica e quando foi embora bateu seu veículo na bomba de gasolina.

 

No entanto, o pintor considerou que a batida tinha sido leve, não teria causado nenhum dano e foi embora. O frentista do posto acionou a PM, que iniciou uma perseguição, que, conforme o inquérito, terminou com o jovem sendo ferido com um disparo de arma de fogo ao estacionar o carro.

 

Três relatos de agressões em menos de um mês

Dias depois da abordagem em que o pintor Gustavo de Oliveira Silva foi ferido, uma menina de 9 anos foi atingida nas costas por dois tiros feitos por um policial militar. O caso aconteceu durante a madrugada do dia 26 de dezembro, na zona Leste de Teresina. A criança, Emile Caetano da Costa, chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e foi a óbito.

 

No dia anterior, 25 de dezembro, um grupo de jovens afirma ter sofrido agressões de uma equipe do 5º BPM. Uma das integrantes do grupo, uma funcionária pública que preferiu não ser identificada, disse, que durante uma abordagem um policial deu um tapa no rosto de um rapaz, a empurrou e fez ameaças.

 

G1-PI