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O julgamento de instrução no qual serão ouvidos os acusados de participação na morte do corretor Fábio dos Santos Brasil Filho começou no Tribunal do Juri por volta das 9:30h desta quarta-feira, 16. O réu confesso de matar, Jhonatan de Sousa Silva, será ouvido através de videoconferência, já que está preso em um presídio de segurança máxima em Campo Grande (MT).

 

Nos autos, Jonatan confessou ainda que fora contratado para matar o jornalista Décio Sá, no Maranhão. Segundo o juiz Antonio Noleto, os crimes estavam interligados. Quatro dos cinco acusados de ser mandantes do crime estão presentes no Tribunal do Juri:

 

- O capitão da Polícia Militar do Maranhão, Fábio Aurélio Saraiva e Silva

- José Raimundo Sales Chaves Junior, vulgo Junior Bolinha, empresário

- Glaucio Alencar Pontes de Carvalho, empresário

- José de Alencar Miranda de Carvalho, pai de Gláucio

 

Outro acusado, Elker Farias Cardoso, que está preso em Contagem (MG), também deverá ser ouvido por videoconferência. Este é o primeiro julgamento do Piauí que utiliza essa tecnologia. A iniciativa é do juiz Antonio Noleto, apesar de defesa e acusação se mostrarem insatisfeitas com a não presença do réu.

 

De acordo com o advogado de defesa Derilo Freitas, foi solicitado um pedido de reconsideração para não ser utilizada a videoconferência, que acabou não acatado pelo juiz. “Eu me manifestei contra porque há bastante detalhes que são necessários serem feitos com a presença do meu cliente e preciso ter contato o tempo inteiro com ele. Para mim, há cerceamento de defesa”, disse o advogado, que, após o início do julgamento, foi autorizado pelo juiz a ter uma conversa por telefone com seu cliente, sem interceptação.

 

O promotor Benigno Filho também se mostrou descontente com o réu sendo ouvido através de videoconferência. “Vejo que é uma evolução da tecnologia. Mas nunca é igual ao olho-no-olho do acusado, porque não sei qual será a reação dele. Isso prejudica o Ministério Público. Para mim é um benefício para a defesa”, declarou.

 

O juiz Antonio Noleto ressaltou que está utilizando a videoconferência baseado em uma previsão legal do Código de Processo Penal, visando a segurança pública. “Para trazer o réu até aqui, seriam pelo menos três dias, podendo haver fuga ou alguém interceptá-lo no caminho. Por isso, determinei através de ofício que fosse feito desta forma. Foi uma questão de celeridade, mas, principalmente, de segurança”, enfatizou.

 

 

 

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