Um dia após o acidente que matou o jovem que "surfava" em um trem cargueiro, mais um acontecimento envolvendo composições na capital piauiense. O metrô de Teresina e o trem de manutenção da linha férrea colidiram na manhã desta quinta-feira, 16, no Bairro Ilhotas, na zona sul da capital, deixando o saldo de quatro pessoas feridas, sendo uma em estado grave.

A colisão aconteceu nas proximidades do viaduto que fica na Avenida Higino Cunha e ao CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar do Piauí).

O choque se deu quando o metrô se direcionava para a região do grande Dirceu, na zona Sudeste da capital. A falta de comunicação entre os controladores teria sido a principal causa da colisão frontal com o veículo chamado auto de linha, usado pelos funcionários da empresa Transnordestina para fazer a manutenção da linha para São Luís, no Maranhão.

No trem de manutenção havia sete funcionários. Três pularam e quatro ficaram feridos, sendo levados em seguida pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel Urgência) direto para o HUT (Hospital de Urgências de Teresina).

Dilton Barreto, gerente da CMTP (Companhia Metropolitana de Transportes Públicos), declarou que serão feitos todos os levantamentos sobre as causas do acidente. O engenheiro Antonio Sobral já adiantou que acredita ter acontecido uma falha humana. "Quando um auto de linha vai entrar, tem de haver uma comunicação entre as duas torres de controle, para haver a possibilidade de entrada, levando em conta os trechos e os horários em que as manutenções podem ser feitas", disse Sobral.

Segundo o engenheiro, há três tipos distintos de comunicação usados em operações desta natureza: rádio, telefone móvel e telefone fixo. A comissão designada pela CMTP para investigar o acidente já está avaliando as gravações para averiguar o que teria ocasionado a colisão. "A sorte é que o trem já estava chegando à estação, com velocidade de 10 km/h, o que fez com que o impacto não fosse tão grande", complementou Sobral.

meionorte