O corretor de automóveis Manoel Vieira Neves Neto, que estava completando 33 anos nesta sexta-feira, 16, morreu após invadir uma loja na avenida Lizandro Nogueira, no Centro de Teresina. De acordo com a polícia, o corretor afirmou que estava sendo perseguido por dois homens que queriam matá-lo e por isso precisava se esconder.

O capitão Fredson Alves, do 9° Batalhão de Polícia Militar, contou que três policiais da Codam (Companhia Cosme e Damião), que estavam passando pelo local, foram acionados pelo proprietário da loja. Ele dizia que havia uma pessoa dentro do banheiro de seu estabelecimento, que recusava a sair.

"Quando chegaram lá, pediram que ele abrisse a porta. Ele abriu e disse que não queria sair porque tinha medo de morrer. Os policiais tiveram que algemá-lo para tirá-lo da loja porque ele começou a quebrar tudo e ficou agressivo. Quando estavam na Praça Rio Branco, tiraram a algema dele porque ele não estava mais reagindo. Nesse momento ele começou a passar mal e caiu", contou o tenente.

O Serviço Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar, o corretor já estava morto. A família de Manoel acredita que a morte tenha sido provocada pela ação da polícia. "Meu irmão foi espancado e arrastado pela rua. Tinha escoriações por todo o corpo. A morte dele foi por conta das agressões que ele sofreu", destacou o autônomo Marcelo Neves, irmão da vítima.

Manoel apresentava sangue na boca e no nariz. O Instituto Médico Legal (IML) levou o corpo para fazer exames cadavéricos e detectar a real causa da morte. A principal suspeita é que ele tenha sofrido um infarto fulminante. A família do corretor nega que ele tenha apresentado qualquer sinal de doença nos últimos dias.

"Ele faz aniversário hoje e iria para Brasília ficar na casa de outros familiares. A viagem estava marcada para esta noite. Ele não tinha histórico de doenças. A única coisa que sabemos é que há dois anos ele sofreu um acidente de moto e depois apresentou alguns problemas de saúde, mas passaram", informou o irmão.

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