Na região de Picos, no sul do Piauí, a colheita do caju deveria estar começando, mas os produtores dizem que há pouco o que retirar das plantações. A seca do primeiro semestre prejudicou a florada. O agricultor Policarpo Neto chega a tirar, em anos normais, 14 mil quilos de castanha, mas este ano, a situação é bem diferente.
Em Monsenhor Hipólito, a 369 quilômetros de Teresina, a safra do caju vai ter a maior quebra dos últimos cinco anos.
Grande parte do caju que sai das plantações do Piauí é entregue nas cooperativas que beneficiam o produto. Na principal cooperativa de caju do Piauí, o cenário é de máquinas paradas e nenhum movimento. O que sobrou da safra anterior foi beneficiado no mês passado, a partir daí, as atividades foram suspensas por causa da falta de matéria-prima.
A cooperativa de cajucultores do Piauí tem 450 associados. Beneficia, em média, 23 toneladas de amendôas por ano, mas com a produção em baixa, as previsões não são nada animadoras, “A gente fica preocupado com medo de perder espaço no mercado para empresas de outros estados”, explica Jociebel Belchior, presidente da Cocajupi.
Globo Rural