Professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) decidiram paralisar suas atividades docentes por tempo indeterminado, a partir do dia 17 de maio. A greve foi aprovada na tarde de ontem, 15, durante assembleia geral extraordinária em todos os campi da Universidade Federal, que contou com a participação de 279 professores. Nenhum docente se manifestou contrário à greve e três se absteve.
Os docentes aprovaram, ainda, durante a assembleia, a constituição de um Comando Local de Greve, que deverá conduzir, na Universidade, o movimento grevista. A primeira reunião do Comando será hoje, 16, às 10:00h, na sede da ADUFPI.
Segundo o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo “O primeiro dia de greve, 17 de maio, será marcado por um ato público às 8:00h, na praça da liberdade no centro de Teresina em conjunto com SINSEP-PI, SINTSPREVS, SINTRAJUFE, SINDIFPI E ASSIFPI no dia nacional de mobilização e paralisação dos servidores públicos federal”.
A greve dos professores das IFES é a resposta da categoria docente à intransigência do governo federal, que insiste em se recusar a atender as reivindicações dos docentes. A Medida Provisória editada, dia 14, pelo governo federal contempla apenas o reajuste de 4% no vencimento básico e a incorporação da Gemas e Gebtt ao salário-base, desconsiderando o eixo central de reivindicação da categoria, que é a reestruturação da carreira docente. Afirma Mário Ângelo.
Os docentes reivindicam a unificação das carreiras com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso salarial de R$ 2.329,35 (professor graduado em regime de 20 horas), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais.
Os professores também querem a valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades e Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente.
Além disso, os professores das Federais somam-se ao conjunto dos Servidores Públicos Federais, que reivindicam, entre outras demandas, um reajuste de 22,08%, a definição de data-base da categoria para 01 de maio e uma política permanente de reposição salarial e reposição de quadros para as diferentes carreiras federais.
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