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O período de estiagem é um dos piores dos últimos anos. De acordo com dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a estiagem deste ano deve se prolongar até 2013 e é a pior em 80 anos. Em algumas regiões como a de Canto do Buriti, no Sul do Piauí, animais estão morrendo em um período que é considerado de reserva de capim e preparação da roça para suportar o período de seca no segundo semestre.

Seu Antônio que mora na zona rural de Canto do Buriti substituiu a roça de milho pela plantação de palma, uma planta que retém a água e serve de alimentação para a criação bovina, ovina e caprina durante a seca. “Tive que antecipar e plantar para garantir a alimentação do meu rebanho, são poucos animais, mas são eles que dão o meu sustento”, explica.

Na semana passada, o governador Wilson Martins esteve reunido com vários prefeitos da Região Sul. “Estive na segunda-feira na região de São Raimundo Nonato e fiquei bastante preocupado com os relatos que ouvi e a situação que vi. Por conta disso, quero convocar prefeitos, parlamentares e os órgãos estaduais e federais a agirem com celeridade para que possamos reduzir prejuízos”, disse.

Na reunião, o secretário Estadual de Defesa Civil, Ubiraci Carvalho, falou que é o primeiro passo será de executar as ações emergenciais para ajudar as famílias afetadas, com envios de carros-pipa e um plano de âmbito federal de R$ 15 milhões para a aquisição de cestas básicas, ração animal e gás de cozinha. Em longo prazo, o Governo do Estado mantém a posição de construção de barragens de acumulação, poços e cisternas nos municípios que todos os anos sofrem com o problema.

Nesta segunda-feira, 23, o governador Wilson Martins participa de uma reunião com a presidenta Dilma Roussef, governadores do Nordeste e ministros. Só no Piauí a estimativa é que um milhão de pessoas estejam atingidas pela seca. Até o momento, Governo do Estado já reconheceu estado de emergência em 83 cidades, que equivale a aproximadamente dois terços do número de cidades do Piauí.

“Nossa preocupação principal é com as pessoas que estão precisando de água e comida. Mas não podemos deixar de lado a necessidade de tomarmos atitudes agora para evitar um problema maior no próximo ano. O ano que sucede um ano de seca é sempre o pior. Por isso, já encaminhamos ao Ministério da Integração Nacional um plano de trabalho prevendo a construção de pequenas barragens, adutoras e poços, especialmente no semiárido”, explicou Wilson Martins.
 
 
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