“Nós já estamos com 30 dias de greve, estamos apelando para todos os professores para que voltem ao ano letivo de 2012. A ausência em sala de aula já está vindo incorporado no desconto do mês de abril. É necessário ser descontado, não posso deixar de descontar. A ausência de qualquer servidor, a secretaria tem que registrar o desconto. A questão da ilegalidade da greve é outro ato jurídico. O servidor agora vai receber o contracheque descontado e pode até receber ele zerado. Aí nós temos o caso da Fazenda e de outras repartições que insistiram em não comparecer. Eu sou obrigado como gestor público, é considerado crime você deixar de agir dentro daquilo que a lei determina. O governador disse que voltaria a conversar em maio, aliás em todo o tempo a gente está procurando dialogar, debater, mostrar que a área pública não pode fazer essa paralisação”.
“O projeto - que está na Assembléia e foi substituído por outro - é um avanço. O primeiro projeto incorporava a regência e praticamente não tinha um ganho real. O segundo projeto obedece ao que o Governo Federal encaminhou à Câmara e ao Senado. Primeiro vai reajustar o piso salarial para todos os professores que estejam abaixo dos R$ 1.451,00 que é estabelecido pelo Ministério da Educação. Segundo, o governo de Estado seguindo o Governo Federal reajusta os salários das demais classes de acordo com o INPC, ou seja, 6,8% a partir de maio. O governo fez um projeto novo, mais abrangente, atingindo todos os professores, ativos ou inativos. O reajuste será em cima das remunerações. A questão da regência é tratada de uma forma diferente do reajuste, ela é agregada depois do reajuste, também seguindo a uma tendência de todos os planos de carreira que estão sendo implantados em outros estados do Brasil".
"O governo não decreta a ilegalidade da greve porque primeiro ele está seguindo o que o Governo Federal está propondo. Segundo, o estado está fazendo dentro do limite de sua capacidade financeira e mostrando as contas fiscais da Secretaria de Fazenda. Inclusive colocamos na mesa de negociação os números para que o sindicato pudesse apreciar. Quanto à questão da ilegalidade da greve, o projeto está na Assembléia e vai hoje à tarde o novo projeto com essas mudanças que nós acreditamos que poderão melhorar o projeto e sensibilizar todos os professores ativos e inativos".
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