De acordo com o delegado de Pedro II, Júlio Carvalho, que investiga o caso, o laudo médico da bebê de 1 ano, que estava com um prego e um parafuso no corpo, aponta que não houve abuso sexual.
Segundo o delegado, o suspeito de ter agredido mãe e filha foi ouvido na tarde de ontem, 19, e negou ter abusado da bebê. A companheira da vítima também negou, em depoimento, que o pai tenha "tocado" na filha.
A polícia disse ainda que os laudos também apontaram que a criança teria engolido os objetos, que foram expelidos naturalmente, sem necessidade de intervenção cirúrgica.
A mãe, a bebê e o suposto agressor moram em um lixão. O que, segundo a investigação, aumenta a probabilidade da criança ter engolido os objetos, encontrados em seu corpo durante exame de raio X.
O delegado Júlio de Camargo disse que a família vive em condições de insegurança alimentar e "passa fome".
A mãe da criança está bastante lesionada, da agressão sofrida no dia 12 de dezembro.
"Nesse dia a neném veio à delegacia, também. Mas sem lesões", afirmou o delegado.
Por causa dessa agressão, o pai da bebê estava sendo investigado pela polícia.
"Ele já estava sendo investigado por essa agressão e agora, também, por descumprimento de medida protetiva de urgência", explica.
A medida protetiva foi decretada no dia 13 de dezembro, quando o pai foi encaminhado para audiência de custódia. Nesta audiência, o juiz concedeu liberdade provisória ao suspeito e concedeu a medida protetiva à mãe.
Segundo a investigação, a bebê teria sido levada ao hospital porque os objetos que engoliu causaram infecção no seu corpo.
"Estava com infecção devido aos objetos que engoliu. Porém, como já expeliu os objetos e está tomando antibiótico, ela passa bem. Além de agora está se alimentando", finalizou.
Com informações do cv
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