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Dr. Wagner (Progressistas), prefeito de Uruçuí, foi afastado do cargo por 180 dias pelo desembargador Erivan Lopes, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), em resposta a uma representação feita pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Piauí (MP-PI). O afastamento ocorreu devido a investigações que apontam forte indício de atuação de uma organização criminosa especializada em desvio de recursos públicos por meio de contratação, com sobrepreço, de uma empresa suspeita de desviar dinheiro direta ou indiretamente por meio de familiares, parentes e empresas para o prefeito.

O Gaeco afirmou que os desvios ocorrem desde o início do primeiro mandato do prefeito em 2017 e continuam até o momento atual, em 2022. A empresa investigada é a Ambientar Construções e Serviços de Obras. O órgão ministerial chegou a solicitar a prisão preventiva do prefeito para conter os desvios e preservar informações importantes para a investigação, mas o desembargador negou o pedido. O desembargador determinou o afastamento do prefeito em razão da presença de indícios de crimes licitatórios, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, com informações suficientes para noticiar o uso indevido do cargo de prefeito por Dr. Wagner. O vice-prefeito, Stanley Carvalho, assumiu o cargo após o afastamento.

Sobre a Operação Cerrados O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a Polícia Civil (PC-PI), a Polícia Militar (PM-PI), Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) e Ministério Público do Estado do Maranhão, deflagrou nesta segunda-feira (20) a “Operação Cerrados”.

A operação objetiva cumprir 12 mandados de busca e apreensão, conforme Decisão do Desembargador Relator Erivan José da Silva Lopes, da 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí.

A investigação visa apurar a prática dos crimes de desvios de recursos públicos, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva, cometidos através de contratos firmados entre empresas de fachada e o Município de Uruçuí.

Entre os alvos estão políticos e seus familiares, servidores públicos, empresas com atuação no Município e seus sócios-proprietários.

Até o momento, a investigação aponta a existência de uma associação criminosa visando o desvio de recursos públicos do Município de Uruçuí, o qual era executado com o direcionamento de licitações à determinada empresa utilizada pela organização criminosa, seguido de sua contratação com sobrepreço pelo gestor municipal. Após o pagamento da empresa, parte do recurso público era remetido, diretamente ou por meio de pessoas interpostas, para as contas bancárias dos empresários, políticos e seus familiares, bem como de empresas ligadas a eles.

Com informações do 180graus