Na noite desse domingo, 25, um curto-circuito provocou um princípio de incêndio na cozinha do Hospital do Buenos Aires, na zona Norte de Teresina. A informação foi confirmada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS).
De acordo com a FMS, a cozinha da unidade de saúde está interditada e não houve feridos. Os atendimentos do hospital também seguem regularmente.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o foco de incêndio se concentrava em um ar-condicionado na despensa do hospital e que as equipes esperaram apenas a dispersão da fumaça, sem necessidade do uso de mangueira.
As causas do princípio de incêndio serão determinadas após o trabalho de perícia.
Devido as fortes chuvas que cairam na noite de quarta-feira, 21, e madrugada do dia, 22, duas casas ficaram parcialmente destruídas após um deslizamento de terra ocorrido no município de Picos. As residências ficam localizadas no bairro Paroquial, um dos pontos críticos da cidade.
No imóvel da cozinheira Esmeralda Maria da Silva, a cozinha e um banheiro desmoronaram com a enxurrada. Alguns eletrodomésticos do cômodo, como uma geladeira e um fogão, também ficaram destruídos. Esmeralda Maria conta que o momento foi de desespero.
“Muito desespero é uma coisa assim que você não domina porque a água não estava passando pelos esgotos ao lado da casa, estava passando por dentro de casa, carregando tudo, e você fica assim, sem saber o que fazer; o jeito foi correr e deixar tudo”, disse.
A cozinheira destaca que a situação é corriqueira e que, sempre que inicia o período chuvoso, ela precisa tirar os móveis do cômodo.
“Todos os anos quando começa a chover, tem que tirar tudo que tem na cozinha e colocar na sala e deixar lá vazio porque sempre corre o risco do paredão cair”, pontuou.
Já na residência do autônomo Izaquiel Pedro de Oliveira, também atingida pelo deslizamento, moram cinco pessoas e ninguém ficou ferido. Ele conta que, quando percebeu o perigo, só deu tempo de salvar os animais de estimação.
“Eu tenho uma cachorra, um gatinho que tive que salvar, tive que correr para poder tirar porque se não tirasse ia matar a cachorra e o gato”, disse o autônomo.
As vítimas contam também que não é a primeira vez que sofrem com esses problemas provocados pela chuva. Os residentes da região destacam ainda que uma das causas prováveis do deslizamento teria sido o desmoronamento de uma galeria que fica entre os bairros Aerolândia e Paroquial.
“Foi a galeria em cima do morro que estourou, que todo ano é desse jeito aí”, acrescentou Izaquiel. Os moradores atingidos pela enxurrada relatam que não têm para onde ir e pedem ajuda das autoridades do município.
“Que eles venham fazer aí o paredão para poder a gente ter pelo menos uma vida melhor porque a gente, quando vê um mormaço de chuva, já tem é medo”, desabafou Esmeralda Maria.
Vários transtornos e incidentes foram registrados nessa semana em Teresina, por conta das fortes chuvas. O mais recente, foi uma cratera aberta no calçadão da Avenida Humberto Pietrogrande, próximo à Ponte Ancelmo Dias, localizada na zona sudeste da capital, que está causando risco às pessoas que praticam caminhada no local.
Com o aumento do nível do Rio Poti, houve uma infiltração no solo, o que provocou o aparecimento da cratera. Técnicos da Prefeitura de Teresina já estão no local realizando o serviço de reparo. Eles relataram que esse problema não é de agora, o local era uma galeria e que esse foi um trabalho que não foi terminado, fazendo com que essa cratera surgisse.
Há dois dias, a Prefeitura fez a intervenção no local, a empresa responsável, contratada pela prefeitura, está colocando manilhas para melhorar o escoamento da água e o prazo de entrega do serviço é até a próxima sexta-feira, 1º de março.
Numa imagem de vídeo que está repercutindo nas redes sociais, é possível ver um pescador lançando uma rede de pesca em uma avenida na zona sudeste urbana de Teresina. Em outro vídeo, o resultado da pesca, um balde com mais de 5 peixes. A cena aconteceu na Avenida Joaquim Nelson, onde são colecionados os problemas de inundação causados pelas chuvas, dentre eles, inúmeros carros que passam no local e ficam sem placa.
Alguns motoristas que conseguiram passar pelo ponto de alagamento, desde a última segunda-feira (19), estão voltando ao local na tentativa de encontrar a placa de seus veículos. Mais de 100 placas foram resgatadas por pescadores e por funcionários de uma empresa que funciona no local.
Os veículos que enfrentam a força da água acabam perdendo a placa dianteira.
O sargento Sidney Oliveira passou pelo local nesta quarta-feira (21) e ao chegar em casa, na região do Grande Dirceu, percebeu que a placa dianteira do seu veículo havia caído.
"Eu só percebi que perdi a placa quando cheguei em casa. Mais tarde eu vi em grupos nas redes sociais que os funcionários da empresa estavam guardando algumas placas. Infelizmente não achei a minha, mas aqui eu consegui o telefone de uma outra pessoa que recolheu placas aqui e guardou. Vou entrar em contato para ver se ele encontrou a minha", disse.
O autônomo Mauro Sérgio Moraes, também esteve no local hoje. Ele perdeu a placa do seu veículo ontem (21), quando passou pelo local por volta das 18h.
"Eu faço entrega nos condomínios aqui da região. E ontem passei por aqui por volta das 18h e era um aguaceiro maior do mundo. Quando cheguei em casa notei que o carro tava sem a ação" disse.
Mauro Sérgio também não encontrou a placa do seu veículo.
"Na verdade isso aqui é uma gentileza do segurança aqui da empresa, que conseguem resgatar as placas, antes delas caírem na galeria. Os pescadores também conseguem pegar placas, quando eles jogam as redes para pescar peixes aqui no local e entregam aqui na empresa", explicou o operador de máquinas Bruno.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, trafegar sem a placa é considerado infração gravíssima, e gera multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira do condutor. Além disso, o veículo é apreendido.
Os motoristas ouvidos por nossa reportagem explicaram que a placa traseira dos veículos é presa pelo lacre do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI), já a placa dianteira não tem esse lacre e fica suscetível a cair em situações como alagamentos.