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O universo da medicina está em constante evolução, e um recente desenvolvimento no campo da oncologia promete mudar a forma como o câncer colorretal é diagnosticado.

Um estudo, publicado no The New England Journal of Medicine, revelou um novo exame de sangue capaz de detectar a doença com uma taxa de precisão de 83%. Esse é um avanço significativo que pode facilitar e incentivar mais pessoas a realizar o rastreamento da doença.

No Brasil, a estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) é de 45.630 novos casos para cada ano do triênio 2023-2025.

Então, o que torna o novo exame de sangue uma opção viável? O novo teste, conhecido como Guardant’s Shield, é projetado para identificar sinais de câncer colorretal através da detecção de DNA tumoral circulante (ctDNA) no sangue.

A facilidade deste exame, comparado aos métodos de detecção tradicionais, como a colonoscopia, abre portas para uma maior aceitação entre os pacientes.

De outra forma, eles poderiam hesitar em se submeter aos procedimentos de rastreamento existentes.

Quais foram os resultados do estudo? O estudo ECLIPSE, que testou quase 8 mil indivíduos com idades entre 45 e 84 anos, comparou a eficácia do exame Guardant’s Shield com a colonoscopia.

Entre os participantes previamente diagnosticados com câncer colorretal por colonoscopia, 83,1% tiveram resultados positivos para ctDNA quando submetidos ao novo exame de sangue, enquanto 16,9% apresentaram resultados negativos.

A sensibilidade do teste foi notavelmente maior para detecção de câncer em estágios iniciais e avançados e mostrou-se menos eficaz para lesões pré-cancerosas avançadas.

Afinal, a colonoscopia ainda seria necessária? Apesar dos avanços, o estudo aponta que a colonoscopia ainda se mantém como o método mais preciso de rastreamento para câncer colorretal.

No entanto, a promessa do novo exame de sangue reside na sua capacidade de oferecer uma alternativa menos invasiva. O que pode acabar facilmente incorporada às consultas médicas de rotina, aumentando assim as taxas de rastreamento.

O futuro com o exame de sangue Com a introdução desse novo exame de sangue e a continuidade da pesquisa na detecção precoce do câncer colorretal, o futuro parece promissor.

A possibilidade de realizar o teste durante consultas de rotina pode ser um grande passo para aumentar as taxas de rastreamento e, consequentemente, de prevenção.

As diretrizes atuais recomendam o início do rastreamento regular a partir dos 45 anos, uma medida crucial para conter o avanço da doença.

Encorajar as pessoas a escolherem a opção de rastreamento que melhor se adéqua às suas necessidades é uma estratégia chave para combater essa doença comum, porém altamente evitável.

Catraca Livre