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O Cerrado brasileiro é considerado a maior e a mais diversa região de savana no mundo. O bioma é composto por diferentes fisionomias desde campo graminóide, cerrado típico, cerradão e floresta decidual. As plantas e animais do Cerrado brasileiro já vem sendo estudadas há algumas décadas e os estudos têm mostrado alta diversidade e riqueza de espécies. Estudos mais recentes têm avaliado a composição da microbiota do solo (fungos, bactérias e arqueias) e mostram que há influência das fisionomias sobre a diversidade microbiana.

Entretanto, estudos sobre o microbioma do solo em áreas de cerrado e, especificamente, a diversidade dos protistas, não foram realizados até o momento.

Desta forma, um grupo de pesquisadores brasileiros e estrangeiros liderados pelo Prof. Dr. Ademir Sergio Ferreira de Araujo, pesquisador 1D do CNPq e professor associado da Universidade Federal do Piauí, realizaram um estudo durante quatro anos, intitulado “Biodiversidade do Solo e Plantas no Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí” sobre a biodiversidade do solo em áreas de Cerrado preservado e desvendaram a composição do microbioma do solo em diferentes fisionomias.

Os organismos do solo, particularmente os membros de seu microbioma, regulam o desempenho das plantas e controlam as comunidades vegetais. No estudo realizado é apresentado como a complexidade do microbioma aumenta desde a progressão inicial da vegetação até seu clímax. Também é encontrado um enriquecimento de parasitas de animais e patógenos de plantas em progressões iniciais em comparação com a vegetação posterior.

Juntos, os resultados sugerem que organismos do solo, particularmente fitopatógenos, facilitam a sucessão de plantas, enquanto os microbiomas mais complexos mantêm as comunidades de plantas na vegetação com clímax estáveis. Portanto, os resultados apontam para a importância dos microrganismos do solo para a dinâmica e estabilidade da vegetação das plantas.

O projeto “Biodiversidade do Solo e Plantas no Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí” foi financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) através do Programa de Núcleos de Excelência (PRONEX). O projeto teve a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal do Ceará, Universidade do Oeste Paulista, Universidade de São Paulo, Instituto Agronômico de Pernambuco e Wageningen University & Research (Holanda).

 

 

Ufpi