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A disciplina de Robótica já faz parte da rotina de 125 Escolas de Tempo Integral da Rede Estadual e alcança mais de 30 mil estudantes em todo o Piauí. A iniciativa, ampliada pela Secretaria de Estado da Educação em 2025, mudou a forma como os jovens aprendem, aproximando teoria e prática com soluções criadas dentro da sala de aula.

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O diferencial do projeto está no modo de ensinar. Mais do que lidar com peças e comandos, os estudantes são incentivados a trabalhar em equipe, desenvolver a criatividade e buscar soluções para problemas do cotidiano. A cada aula, o conhecimento de matemática, ciências, física e artes se transforma em invenções e projetos que revelam a capacidade dos jovens de inovar.

“O ensino de robótica desenvolve nossos jovens, ensinando sobre cultura maker, pensamento computacional, estimulando a resolução de problemas e desenvolvendo competências socioemocionais. Nosso objetivo é gerar mais e melhores oportunidades e despertar nos estudantes o interesse por essas áreas, para que conheçam e até sigam carreira no que vivenciam durante as aulas”, afirmou o Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira.

Projetos que cruzam fronteiras

No CETI Júlia Nunes, em Teresina, os alunos construíram um telescópio com peças produzidas em impressora 3D. O equipamento foi entregue ao Nobel de Física, George Smoot, em Londres.

“Na impressão 3D a gente trabalha com diferentes materiais e entende a resistência deles. O telescópio que fizemos também ajuda em física, porque podemos observar fenômenos da natureza de perto. Isso deixa o aprendizado muito mais interessante”, contou Samuel Medeiros, estudante da escola.

No CETI Cristino Castelo Branco, a experiência foi semelhante. “A gente ajudou a construir o telescópio. Desenhou, programou e montou as peças aqui na Sala de Inovação. Ver o projeto ser apresentado em Londres e no Seduckathon mostrou que o que aprendemos na escola pode ir muito além da sala de aula”, disse o aluno Francisco Afonso Nascimento.

Em Altos, os alunos do CETI Altino Pestana desenvolveram um sistema inspirado em sensores de estacionamento. O projeto foi construído com materiais simples e mostrou como a tecnologia pode ser aplicada no dia a dia. “A gente começou pesquisando como os sensores funcionam e testando. Depois, montamos o sistema que emite um som e mede o tempo que ele leva para voltar. Foi um desafio, mas aprendemos muito”, relatou Cauã Cristhyan, estudante da escola.

Salas de Inovação e Sala Google

No CETI Duque de Caxias, em Teresina, a Sala de Inovação e Tecnologia se tornou espaço de criação e pesquisa, onde os alunos aplicam os conteúdos aprendidos em experiências práticas.

Até agora, a Seduc implantou Salas de Inovação em 10 Escolas de Tempo Integral nos municípios de Teresina, Guaribas e Alto Longá. Os espaços contam com óculos de realidade virtual, computadores e kits de robótica. Além disso, o CETI Professor Darcy Araújo, em Teresina, ganhou a primeira Sala Google da Rede Estadual, equipada com ferramentas digitais da big tech para dinamizar as aulas e estimular novas formas de aprendizado.

Estudantes em grandes eventos

Os projetos desenvolvidos nas escolas já ultrapassaram os muros das salas de aula. Estudantes Seduc participaram da Campus Party Weekend Piauí, em Teresina, da Campus Party Nordeste, em Recife, do Seduckathon e da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR).

Na edição de 2024 da OBR, quatro alunos do CETI Liceu Parnaibano, de Parnaíba, representaram o Estado com um robô capaz de se mover sozinho em uma arena que simulava prédios desmoronando. O equipamento ajudava a resgatar vítimas e levá-las para um local seguro. Foi a primeira vez que uma escola pública estadual do Piauí se classificou para a etapa nacional da competição.

Formação de professores

Para garantir a qualidade do ensino, mais de 100 professores receberam formação em robótica. “Com as formações que a Seduc oferece, conseguimos trazer projetos como esses para a sala de aula. E os alunos se desenvolvem melhor em todas as disciplinas, porque entendem a utilidade do que aprendem”, explicou Antônio Rodrigues, professor do CETI Júlia Nunes.

Seduc

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), anuncia a parceria no projeto “IA e Sustentabilidade”, uma iniciativa da Junior Achievement (JA) Piauí em colaboração com a IBM. Na UAPI-UESPI, o curso está vinculado a um projeto de extensão do curso de Administração, garantindo que os estudantes que concluírem a trilha tenham as horas certificadas como atividades complementares. A coordenação da iniciativa será conduzida pelas professoras Marissol Lopes Soares e Samaira Cristina Souza Chagas

O curso, totalmente online, tem como objetivo apresentar conceitos básicos de Inteligência Artificial aplicados à sustentabilidade, contribuindo para o desenvolvimento de competências essenciais ao cenário atual. Com carga horária de 5 horas e ofertado pela plataforma IBM SkillsBuild, o programa concede certificação conjunta da IBM e da JA Piauí, agregando valor à formação acadêmica e profissional dos participantes.

Participação dos professores voluntários

O projeto também contará com a colaboração de professores voluntários, que desempenharão papel fundamental no acompanhamento dos estudantes. Os docentes da UAPI que desejarem participar devem realizar cadastro no formulário da JA Piauí e, a partir dele, terão acesso ao próprio registro na plataforma.

Entre as atribuições dos professores estão:

disponibilizar o link de inscrição exclusivo para seus alunos; acompanhar o progresso dos estudantes na trilha de aprendizagem; participar de um treinamento prático de 1h sobre a aplicação do programa; receber certificação de conclusão emitida pela JA Piauí.

A JA Piauí destaca que a parceria com a IBM tem como propósito fortalecer a formação de jovens em áreas estratégicas, como tecnologia e sustentabilidade, além de consolidar a rede de professores parceiros que apoiam o desenvolvimento acadêmico dos estudantes.

Os estudantes Adayllton Santos, Brenda Nogueira e Alice Monteiro, do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (TADS) do Campus Floriano do Instituto Federal do Piauí, representaram a instituição na 10ª Feira Brasileira de Iniciação Científica (FEBIC), realizada em Joinville-SC, entre os dias 8 e 13 de setembro de 2025. O grupo apresentou o SIGEM – Sistema de Gerenciamento da Manutenção, projeto desenvolvido para otimizar processos de manutenção em ambientes institucionais.

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O trabalho recebeu destaque nacional ao conquistar o segundo lugar na categoria Ensino Superior, reafirmando a qualidade da formação do IFPI e o potencial de inovação tecnológica dos discentes. Para os participantes, a experiência foi enriquecedora, ampliando horizontes sobre pesquisa, mercado e oportunidades, além de reforçar a importância do investimento contínuo em ciência e no desenvolvimento acadêmico dos estudantes.

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O curso de Administração e Geografia do Campus Dra. Josefina Demes, em Floriano, desenvolve o projeto de extensão “PapoGestão – Conectando Saberes e Práticas Científicas”, que tem como objetivo aproximar a universidade da sociedade e promover o diálogo entre pesquisadores, estudantes, professores e profissionais de diferentes áreas.

O projeto é uma ação interdisciplinar, aberta a acadêmicos de vários cursos interessados em participar do podcast. A ideia de criar o PapoGestão surgiu da necessidade de tornar o conhecimento acadêmico mais acessível, dinâmico e conectado aos desafios contemporâneos. A primeira temporada contará com seis episódios.

“Serão 6 episódios no total, sendo o primeiro dedicado ao lançamento e apresentação do programa, no qual explicamos a proposta, os idealizadores e o formato do podcast. Os demais episódios serão dimensionados em temáticas específicas, abordando conteúdos como métodos e técnicas de pesquisa, além de discutir tendências emergentes, como o uso da inteligência artificial na academia”, explica o professor do curso de Administração, Laércio Ramon.

Os profissionais envolvidos no podcast fornecem orientação e supervisão para garantir a qualidade e a precisão do conteúdo científico apresentado. Os discentes podem participar como convidados, oferecer informações sobre temas específicos ou contribuir diretamente para a produção do conteúdo.

A produção do podcast exige criatividade na elaboração de roteiros e na edição de áudio, permitindo aos participantes desenvolver habilidades práticas voltadas para gravação, divulgação e publicação dos episódios na plataforma Spotify e utilização de ferramentas digitais como e-mail institucional, Google Drive, Instagram e plataformas de streaming.

“Os participantes aprendem a comunicar conceitos científicos de forma clara e acessível ao público em geral. A produção de um podcast educativo também exige colaboração e trabalho em equipe, desenvolvendo competências de comunicação, organização e gestão do tempo. Além disso, os participantes pesquisam e analisam informações científicas para criar conteúdo de qualidade e estimular a própria criatividade”, ressalta a professora Jéssica Frota, responsável por parte da organização.

A realização de projetos de extensão como este contribui para divulgar a ciência e fortalecer a alfabetização científica na sociedade. Os interessados em participar do PapoGestão podem se inscrever clicando neste link e receberão certificado de 60h de atividade extensionistas.

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