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Reunidos na noite dessa terça-feira, 17, os médicos do Piauí decidiram fazer uma nova paralisação na rede estadual de saúde na próxima semana. A categoria vai cruzar os braços nos dias 24, 25 e 26, de terça a quinta-feira, mantendo apenas os serviços de urgência e emergência. A decisão foi tomada após a classe conseguir recurso na Justiça e garantir a legalidade da greve.

 

No caso da rede municipal, os médicos ainda aguardam recurso impetrado na Justiça contra a decisão favorável à Fundação Municipal de Saúde, que terminou por considerar a greve também ilegal. Assim que a categoria consiga decisão favorável, os profissionais se reúnem em assembleia na terça-feira seguinte e deliberam sobre nova paralisação.

 

Lúcia Santos, presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí - Simepi -, alega que a cobrança não é de hoje. "Na verdade esse é um movimento que começou anos atrás. A remuneração médica se encontra muito defasada", disse em entrevista ao vivo no Jornal Cidade Verde. Ela lembra que foram feitas paralisações escalonadas para alertar sobre o problema, mas nunca se chegou a um acordo.

 

A categoria também ficou descontente e "chocada" com a decisão judicial que havia decretado a greve ilegal. De acordo com Lúcia Santos, a greve "sempre foi um movimento organizando, mantendo o atendimento de urgência e emergência". Agora, um recurso garantiu a legalidade do movimento.

 

Os médicos ainda argumentam que a melhoria dos salários da categoria implica em benefício para a saúde como um todo. "Isso só vai melhorar a qualidade da saúde do nosso estado", diz Lúcia Santos, que espera uma contraproposta do Estado com valores, pois a categoria já sugeriu até o reajuste salarial em etapas. "A classe espera é uma contraproposta de imediato começar negociações em cima de valores", concluiu.