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solQuem tem câncer de pele tem predisposição para outros tipos de câncer? O câncer de pele não está associado a outros tipos de câncer. Isso porque o principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição prolongada e repetida ao sol, devido aos raios ultravioleta. Porém, pessoas que têm deficiência crônica no sistema imunológico devido a transplante, infecção pelo HIV ou uso de medicamentos, possuem predisposição a vários tipos de câncer, inclusive ao de pele, segundo o oncologista Cristiano Duque, da Oncoclínica (Centro de Tratamento Oncológico), no Rio de Janeiro.


Como saber se uma pinta tem potencial para virar câncer? O melanoma pode surgir em um sinal pigmentado (pinta) que já existia ou como um sinal novo na pele. Para saber se deve procurar um dermatologista, use a regra "ABCDE". A. Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra metade; B. Bordas: o contorno do sinal é irregular, indefinido; C. Cor: a cor do sinal é variável, ou seja, há várias cores no mesmo sinal como preta, marrom, branca, azul e avermelhada; D. Diâmetro: o tamanho do sinal é maior que 6 mm, o equivalente a uma borracha na ponta de um lápis; E. Evolução: o tamanho, forma ou cor mudaram ao longo do tempo.


Qual protetor solar é recomendado para o dia-a-dia e para praia? Segundo o médico, as recomendações mais importantes são em relação ao fator de proteção e à aplicação na pele. O fator de proteção solar (FPS) deve ser de no mínimo 15. Mas para quem tem pele clara ou irá ficar exposto ao sol por tempo prolongado ou em horário de maior risco, entre 10h e 16h, o FPS deve ser de pelo menos 30. Já em relação à aplicação, use o protetor de forma generosa, pois o nível de proteção depende também da camada aplicada. Reaplique a cada três horas ou, mais frequentemente, em casos de transpiração e mergulho na água. O uso do protetor labial não deve ser esquecido.


Quais locais do corpo mais precisam de cuidados com o sol? No dia-a-dia, são rosto, orelhas, pescoço, braços e mãos. Na praia, todas as áreas expostas devem receber protetor solar. Sempre que possível, deve ser utilizada também uma barreira física como roupas e chapéu. Há roupas e acessórios que contêm proteção UV, de acordo com o médico.

 
Sardas podem virar câncer? Em geral, isso não ocorre. Mas muitas pessoas com sardas já têm a pele mais clara e, portanto, são mais sensíveis à exposição UV. Por isso, devem tomar cuidado em relação à exposição ao sol, além de observar a regra "ABCDE".


Câncer de pele pode matar? O câncer de pele não-melanoma é o mais frequente no Brasil, no entanto, como seu crescimento costuma ser lento, demora a gerar metástases (se espalhar para outras partes do corpo) e pode ser tratado e curado. Já o câncer de pele do tipo melanoma é mais agressivo, com um risco maior de gerar metástases e levar à morte. A avaliação da agressividade do tumor é feita pelo oncologista após realização de biopsia.


Nos locais do planeta onde existem os chamados buracos na camada de ozônio é mais perigoso tomar sol? A Organização Mundial da Saúde desenvolveu uma escala chamada de índice UV. Quanto mais alto, maior o risco de danos para pele e olhos. Quando o índice UV está acima de 7, recomenda-se permanecer em locais cobertos das 10h às 14h e usar protetor solar, roupas, chapéus e outros acessórios de proteção. No Brasil, 17 capitais, sendo todas do Norte e do Nordeste, além do Distrito Federal, apresentam índice UV extremo, maior que 11.

 
Crianças podem ter câncer de pele ou esse tipo de câncer está associado ao envelhecimento? Crianças não têm câncer de pele porque esse tipo de câncer está relacionado à exposição prolongada e repetida ao sol. No entanto, quanto mais cedo se inicia à proteção da pele, menor o risco de desenvolvimento de câncer de pele no futuro.

 

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Foto: Pixabay