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colesterolO que é a pedra na vesícula? Denominada também como colelitíase ou cálculos biliares, é formada por um desequilíbrio na composição da bile, que é armazenada na vesícula, pequeno órgão localizado abaixo do fígado. Segundo o cirurgião-geral Marcelo Barchi, do Hospital São Luiz Unidade Itaim, quando a secreção das substâncias que compõem a bile, que são o colesterol, sais biliares e bilirrubina, é alterada, alguns compostos deixam de ser solubilizados, formando as pedras. O colesterol é responsável por 80% dos casos. O outro tipos é a pedra pigmentada, composta por bilirrubina, sais de cálcio e uma pequena porcentagem de colesterol.

Quais sintomas a pedra na vesícula pode apresentar? Pode causar dor na região abdominal no lado direito, próximo ao final das costelas, náuseas, vômitos, inchaço abdominal e intolerância a alimentos gordurosos. Os sinais aparecem quando os cálculos não conseguem ser expelidos e ficam presos no canal biliar. Entretanto, cerca de 80% dos pacientes podem conviver com os cálculos biliares por vários anos sem apresentar sintomas, de acordo com o cirurgião-geral.

Como é feito o diagnóstico da pedra da vesícula? Ela é identificada por médicos cirurgiões-gerais e gastroenterologistas. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue, identificando a quantidade de bilirrubina, além de raio-x e ultrassonografia.


Qual tamanho a pedra na vesícula pode atingir? A vesícula pode abrigar uma ou mais pedras, que podem ter desde milímetros a 10 cm. Entretanto, segundo o cirurgião, pedras menores que 1 cm são mais frequentes.


Quem é mais acometido pelo problema: homens ou mulheres? De acordo com o cirurgião, mulheres entre 20 e 60 anos são três vezes mais propensas a desenvolver pedras na vesícula. Histórico familiar também aumenta a chances de desenvolver cálculos biliares.


Quais são os fatores de risco para ter pedras? Obesidade, gravidez, idade avançada, jejum prolongado e rápida perda de peso aumentam a secreção biliar de colesterol, que não consegue ser eliminado e forma a maioria das pedras. Histórico familiar, diabetes, sedentarismo, tabagismo, hipertensão, uso de anticoncepcionais e dietas ricas em gordura também aumentam a chance da formação de pedras.


A alimentação está relacionada ao aparecimento de pedras? Sim. Dietas ricas em gorduras e carboidratos e pobres em fibras podem alterar a composição da bile, aumentando a secreção de colesterol, principal causador das pedras e diminuindo a secreção de sais biliares, responsáveis por solubilizar o colesterol. Com esse desequilíbrio nas secreções, os sais não conseguem dissolver o colesterol e, assim, formam as pedras.


É possível prevenir a pedra na vesícula? Segundo o médico, para evitar o problema, é necessário fazer uma dieta pobre em gorduras e rica em fibras, manter o peso ideal, não fumar, prevenir o diabetes e a hipertensão arterial e, para mulheres, verificar com o ginecologista o uso de anticoncepcionais e reposição hormonal.


Por que anticoncepcionais aumentam a chance de ter pedras na vesícula? Os anticoncepcionais orais têm uma grande quantidade de hormônios, os quais favorecem a formação de pedras.


Qual o tratamento para pedra na vesícula? De acordo com Barchi, o tratamento mais indicado para a retirada das pedras, em pacientes que apresentam sintomas, é a colecistectomia, cirurgia que retira a vesícula e impossibilita a produção de novas pedras.


O tratamento é sempre necessário? Segundo o cirurgião, o tratamento nem sempre é necessário, mas é recomendado. Barchi afirma que, em casos assintomáticos, a cirurgia não é necessária, mas deve ser avaliada, especialmente em pacientes diabéticos ou com a vesícula biliar calcificada.


Quais são os cuidados necessários após a operação? Barchi afirma que, após a cirurgia, o paciente não deve carregar peso, não dirigir por 15 dias, fazer o uso das medicações receitadas e evitar comidas gordurosas.

 

R7