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ortorexiaDezembro chegou. Logo depois do pisca-pisca das luzes do Natal e dos fogos do Ano Novo vêm as férias e as viagens para as nossas praias. Todo mundo já está se preparando para estar com o corpo “em dia” para os biquínis, sungas, shorts, vestidos e bermudas que lotam nossa paisagem brasileira. Tudo certo.

Só que muitas pessoas podem demonstrar uma preocupação excessiva com a alimentação saudável e com o corpo sarado e cheio de músculos. Quando esta preocupação se torna quase que uma “obsessão” com a alimentação e/ou com o corpo e ultrapassa os limites do bom senso, impedindo a convivência social normal, podemos estar diante de um quadro de ortorexia ou vigorexia. Vamos entender a diferença e os riscos para a saúde destas duas condições.

A ortorexia trata-se de uma condição em que a pessoa fica obcecada por uma alimentação que considera “pura e saudável”. Os nutrientes escolhidos como apropriados pelos ortoréxicos não tem, necessariamente, relação com as calorias neles contidas. Trata-se mais de uma preocupação com a qualidade dos mesmos. Devem ser isentos de quaisquer produtos considerados “impuros” ou tóxicos. Dentro desta perspectiva, as escolhas podem ser feitas com base em critérios de cunho cultural, filosófico ou religioso.

O grande problema é que as pessoas com ortorexia privam-se, muitas vezes, de nutrientes essenciais necessários ao bem estar e qualidade de vida. Além disso, tendem a se isolar socialmente pois adquirem uma série de restrições alimentares impeditivas do convívio social rotineiro. Algumas vezes preferem ficar sem comer, caso não haja alimentos que consideram apropriados. Não se trata de comer saudável. Trata-se de uma situação extrema e obsessiva em que a alimentação passa a dominar os pensamentos e condutas.

A vigorexia, por sua vez, consiste em uma situação onde há preocupação excessiva com a imagem corporal. É classificada como um distúrbio psíquico pois ocorre uma distorção da própria imagem, semelhante ao que ocorre nos casos de anorexia. Os vigoréxicos – em sua maioria homens- tendem a passar horas e horas malhando na academia, olham-se no espelho e se enxergam com poucos músculos. Aí voltam compulsivamente a malhar mais e mais. O uso de anabolizantes é comum. Os prejuízos para a saúde são vários: desde fadiga, lesões, irritabilidade, distúrbios na esfera sexual, ou hipertrofia do músculo cardíaco, predispondo a distúrbios cardiovasculares graves, por exemplo.

Alimentação saudável e exercícios fazem bem para a saúde física e emocional. Porém, o segredo da vida com qualidade, muitas vezes, está no equilíbrio e bom senso.

 

G1

Foto: divulgação