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tratalternatUm estudo da Universidade Yale, dos Estados Unidos, comprovou que pessoas com câncer potencialmente curáveis que optam por terapias alternativas no lugar de tratamentos convencionais têm maior risco de morte. A pesquisa foi publicada no Journal of the National Cancer Institute.
O radiologista Skyler B. Johnson, que liderou a equipe da pesquisa, definiu no estudo a medicina alternativa como terapia não comprovada administrada no lugar do tratamento convencional, ressaltando não se tratar do mesmo que “tratamentos complementares ou integrativos, que são usados como acréscimos ou complementos, ao tratamento padrão do câncer”.

Foram analisados 281 pacientes com tumores malignos de mama, pulmão, colorretal e próstata, sem metástase, ou seja, que ainda não haviam se espalhado para outros órgãos além do local de origem.

Aqueles que utilizaram medicina alternativa como substituta de tratamentos convencionais apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes e meia maior do que pacientes que receberam terapias padrão.

Entre as mulheres com câncer de mama, a escolha de medicamentos alternativos resultou em um aumento de quase seis vezes na chance de morte durante o período de acompanhamento de cinco anos e meio.
Para pacientes com câncer colorretal que optaram por tratamentos alternativos, a taxa de mortalidade foi quatro vezes e meia maior. Já para aqueles com câncer de pulmão, a taxa foi duas vezes maior.

Apenas homens com câncer de próstata que rejeitaram tratamentos convencionais não apresentaram nenhuma diferença no risco de morte em relação aos que utilizaram somente terapias alternativas ao longo do período de acompanhamento. Os pesquisadores acreditam que isso esteja relacionado ao lento crescimento do câncer de próstata.

Mais de 80% dos pacientes com câncer afirmaram optar por uma ou mais formas de medicina alternativa, que vão do uso de ervas medicinais à prática da ioga, conjuntamente com tratamentos médicos com eficácia comprovadas cientificamente, no Integrative Cancer Answers, segundo o The New York Times.

Mas apenas um número pequeno de pessoas, porém significativo, ainda segundo o jornal norte-americano, relataram rejeitar os tratamentos tradicionais oferecidos pelos oncologistas com a justificativa de evitar efeitos colaterais tóxicos.

 

R7

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