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Crianças têm maior chance de sobreviver a quedas de grandes alturas do que adultos porque possuem menor peso, o que causa menos impacto ao cair, e porque dispõem de ossos mais maleáveis, o que faz com que sejam mais resistentes a fraturas, explica o ortopedista Fabiano Nunes, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Na madrugada desta sexta-feira (24), uma mulher jogou a filha de três anos do quinto andar de um prédio, uma altura equivalente a 16 metros. Horas depois, ela incendiou o apartamento e se jogou. A criança, que estava enrolada em um lençol e, aparentemente, dormindo, caiu sobre o para-brisa de um carro que estava entrando na garagem do condomínio no momento do ocorrido.
A menina sobreviveu à queda e saiu andando, tendo sofrido apenas alguns arranhões. Ela e a mãe seguem internadas no Hospital das Clínicas, em São Paulo. De acordo com o Boletim de Ocorrência, a garota está acompanhada pela avó e está estável, sob observação dos médicos.

De acordo com o ortopedista pediátrico Bruno Massa, do IOT-HCFMUSP (Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas), a sobrevivência a grandes quedas envolve fatores como a posição em que a pessoa caiu, o peso dessa pessoa, a altura da qual ela cai, a gravidade e a aceleração da queda. Outro fator importante é o local em que a pessoa cai e se ele consegue absorver a energia da queda e amortecê-la. Neste caso, segundo ele, o carro foi crucial para a sobrevivência da menina.

Porém, Massa afirma que a sobrevivência é uma exceção à regra, devido aos fatores de particularidade de cada caso.
"Os ossos das crianças são diferentes dos ossos dos adultos. Na infância, os ossos têm a camada interna porosa, enquanto a camada externa é mais espessa, tendo um aspecto como o de um galho verde de árvore. Quando você tenta quebrar um galho verde, ele dobra e não quebra, ele volta. O osso da criança é assim. Já os galhos mais secos, você dobra e ele quebra, como o osso de adulto", explica Nunes.

Nunes afirma que existem dois tipos de fraturas em crianças: a fratura em galho verde, em que quebra a parte mais interna do osso, mas mantém a forma; e a fratura em torus, em que o osso ficaria amassado por dentro, mas a criança consegue mexer. Segundo o ortopedista, essas fraturas possuem boa evolução e, pela criança conseguir manter os movimentos, essas fragmentações podem passar despercebidas.


Nesses casos, os ossos quebrados podem ser identificados em exames de imagem e, por serem fraturas, precisam de imobilização, mas têm rápida consolidação. Quando esses ossos quebrados passam despercebidos, mesmo sem a imobilização, eles possuem boa cicatrização, de acordo com o ortopedista pediátrico.

Quando quedas de grandes alturas ocorrem, Nunes afirma que a criança deve ficar sob observação por até 48 horas para certificar de que não tenha complicações, como contusões, hematomas ou aumento da pressão intracraniana.

Não é a primeira vez que uma pessoa sobrevive à queda de um edifício. No começo de maio deste ano, uma mulher caiu da altura do quinto andar enquanto pichava um prédio na Bela Vista e sobreviveu. Já em 2007, a apresentadora Dóris Giesse caiu do 8º andar de seu prédio ao tentar salvar seu gato, caindo sobre um telhado de amianto. No mesmo ano, um caso aconteceu em Nova York, quando um limpador de janelas caiu do 47º andar, com altura equivalente a 144 metros, e sobreviveu.

 

R7

 

 

Sim. Crianças também podem ser hipertensas. Como a elevação da pressão arterial pode começar silenciosamente, sem nenhum sinal ou sintoma associado, vale a pergunta: quando se preocupar com a pressão arterial das crianças? Quando fazer a primeira aferição?

Importante saber: crianças devem ter sua pressão arterial aferida a partir dos 3 anos de idade, pelo menos uma vez por ano.

O manguito utilizado para a aferição da pressão em crianças é menor que os dos adultos. Há vários tamanhos, que precisam se adequar aos bracinhos que vão crescendo. O tamanho ideal é aquele que cobre aproximadamente 2/3 do braço, contando do ombro ao cotovelo. Os valores de referência da pressão arterial nas crianças também variam com as idades e há tabelas específicas – utilizadas no mundo inteiro, como as curvas de crescimento- para que possa avaliar corretamente se a criança está normotensa.

Nos adultos, a causa da elevação da pressão arterial nem sempre é conhecida. É o que chamamos de hipertensão essencial.

Nas crianças, por outro lado, a pressão elevada correlaciona-se a normalmente a alguma patologia de base que mais frequentemente acomete os sistemas renal, cardiovascular, pulmonar ou endócrino. Isso significa que a elevação da pressão arterial nas crianças com frequência é secundária a alguma doença. Por isso, merece sempre uma investigação maior para que se possa detectar a causa e orientar corretamente o tratamento.

A Organização Mundial de Saúde aponta que devem existir atualmente no mundo aproximadamente 1 bilhão de pessoas hipertensas. No Brasil, o Ministério da Saúde observa que 35% da população adulta deve ser hipertensa e – mais grave ainda- metade destas pessoas desconhece que tem a pressão arterial elevada.

Sabemos claramente que o estilo de vida pode influenciar os níveis pressóricos de todos, crianças inclusive. Por isso, não custa lembrar que uma alimentação saudável e com pouco sal é fundamental em todas as fases da vida. Para se ter uma ideia, o consumo indicado de sal por dia para adultos é de no máximo 4-5 gramas, o que equivale a 2 gramas de sódio. Isso significa 5 daqueles pacotinhos pequenos de sal ou uma colher de chá rasa. Os brasileiros consomem em média 12 gramas de sal por dia. Quatro vezes mais que o indicado. Devemos nos lembrar que o sal pode estar “oculto” em vários alimentos.

Formamos hábitos saudáveis desde pequenos. Pense nisso e tente diminuir o sal da alimentação da sua família. Viver sem pressão alta- em todos os sentidos- é muito melhor.

 

G1

Nem sempre a hora do parto é como a mulher imagina. Às vezes, o bebê não espera a mãe chegar ao hospital, por exemplo. Mas você sabe o que fazer para ajudar uma mãe que entrou em trabalho de parto? A primeira coisa é colocar a mulher em um local confortável, discreto e o mais limpo possível. “Procure um pano, toalha, lençol, para colocar embaixo da mulher”, alerta a pediatra Ana Escobar.

É muito importante ligar para o 192, 193 ou chamar policiais na rua para pedir socorro.
Se a emergência não chegar a tempo, faça a higiene na genital da mulher e nas mãos (pode ser com álcool gel). Depois, é preciso deixar as pernas abertas e dobradas para ajudar na força. Pegue um pano o mais limpo possível para envolver o bebê.


O bebê precisa ser envolvido no pano e aquecido, porque ele nasce molhado e saí do útero, que estava mais quente. Tome cuidado para ele não escorregar.

Outra informação MUITO importante: NÃO corte o cordão umbilical enquanto estiver batendo.
No vídeo acima, a doutora Ana Escobar mais dá mais algumas dicas.

Por que alguns partos são tão rápidos? Depende de cada mulher. O que vai fazer com que o parto seja mais rápido é a velocidade da dilatação. Via de regra, partos em que a bolsa estoura são mais rápidos também.

 

G1

 

sonambulismoO que é o sonambulismo? O sonambulismo é um transtorno de comportamento durante o sono. De acordo com o otorrinolaringologista George Pinheiro, especialista em medicina do sono da ABMS (Associação Brasileira de Medicina do Sono), esse transtorno ocorre durante o sono profundo, na chamada fase N3 do sono-não REM, período em que os sonhos não ocorrem, e caracterizada por um despertar incompleto. O médico afirma que o sonambulismo não possui associação definida com doenças neurológicas ou psiquiátricas.


Quais são as causas do sonambulismo? O médico afirma que maus hábitos do sono podem causar o sonambulismo, como não dormir a quantidade de horas necessárias; não ter uma rotina do sono (dormir e despertar em horários regrados); a exposição a aparelhos eletrônicos durante a noite que, por meio da luz azul emitida por esses aparatos, inibe a secreção de melatonina, hormônio do sono; consumo de bebidas estimulantes, como o café. Fatores externos também podem ocasionar o sonambulismo, como a luz e barulhos.


O que o sonâmbulo faz? Pinheiro afirma que o sonâmbulo faz atividades costumeiras de sua rotina, desde caminhar, até trocar de roupa. A pessoa pode estar de olhos abertos e, quando acorda, não se lembra do que fez, e pode voltar a dormir normalmente. Em alguns casos, a pessoa pode se colocar em situações de perigo, como pegar objetos cortantes ou ficar próxima a escadas e parapeitos de janelas.


Em quem o sonambulismo é frequente? Pinheiro afirma que o transtorno é frequente em crianças entre seis e 10 anos, acometendo 30% delas. Nessa faixa etária, o sonambulismo é comum pois, elas são submetidas a estímulos externos, como barulhos, e tem maior facilidade para ter esse despertar incompleto. Para a maioria delas, as crises de sonambulismo ficam restritas à infância, mas algumas podem continuar durante a adolescência.


Sonambulismo pode ser diagnosticado? Sim. Quando o transtorno de comportamento no sono é frequente, ou seja, ocorre semanalmente, o caso deve ser levado ao médico para que possam ser controlados os fatores desencadeantes. Porém, em alguns casos, mesmo com esse controle, a pessoa pode continuar a apresentar o comportamento, necessitando de tratamento. É preciso que um médico avalie se trata-se de sonambulismo ou de outros transtornos, como crises epilépticas noturnas.

Falar dormindo é sonambulismo? Não. O médico afirma que a fala durante o sono é classificada como sonilóquio, outro transtorno comportamental durante o sono que ocorre no sono não-REM. Nessas falas, a pessoa pode comentar situações diárias, frases ou resmungar, mas não há organização das ideias. O sonilóquio pode acontecer ou não junto com o sonambulismo.

O sonâmbulo reproduz sonhos? Não. Pinheiro afirma que os distúrbios comportamentais do sono que imitam os sonhos ocorrem no sono REM, fase em que eles acontecem. Dessa maneira, a pessoa acaba por reproduzir aquilo que está sonhando. Por exemplo: se ela sonha que está lutando, ela pode começar a dar chutes e socos e até ferir quem está ao lado na cama. Esse transtorno teria ligação com doenças neurológicas.


Por que não se deve acordar ou assustar um sonâmbulo? O médico afirma que, na verdade, isso é um mito. Não existem restrições em acordar a pessoa, mas, dependendo do local em que ela estiver, como a proximidade de escadas ou janelas, ela pode se assustar e ficar em situações de perigo. O ideal é que a pessoa seja conduzida de maneira delicada até a sua cama.


É possível prevenir o sonambulismo? O médico afirma que, para prevenir o sonambulismo, é necessário criar uma rotina do sono, evitar exposição a telas até duas horas antes de dormir, usar bebidas estimulantes até as 16h e dormir a quantidade de tempo necessária para o corpo. Se as crises de sonambulismo forem frequentes, procurar um médico.

 

R7

Foto: Pixabay

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