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Em assembleia realizada nesta segunda-feira, 15, os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) decidiram suspender a greve da categoria, que já durava quatro semanas. Os docentes manterão as mobilizações para assegurar o cumprimento do acordo firmado com o Governo do Estado, depois de audiência de conciliação no Tribunal de Justiça.

A previsão é que as aulas sejam retomadas no dia 22 de abril, depois da publicação um novo calendário acadêmico por parte da reitoria.

As reinvindicações eram devidas, de acordo com a categoria, a precariedade enfrentada pelos alunos e professores da instituição em diversos campus do Piauí. Além disso, os alunos da instituição protestavam contra o corte de bolsas e o déficit de 300 disciplinas sem docentes.

A categoria reivindicava ainda, o cumprimento do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), que implica na implantação imediata de progressões, promoções, e mudanças de regime de trabalho. Eles também cobram a contratação de mais servidores e investimentos para a instituição.

Segundo a coordenadora geral da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP), Rosângela Assunção, a avaliação dos docentes é que as negociações do governo avançaram após as mobilizações. A estratégia da categoria é suspender a greve como condição para o cumprimento do calendário de propostas por parte do governo. Partes das nossas reivindicações foram atendidas, agora a greve foi suspensa, mas as mobilizações continuam”, afirma a coordenadora.

O professor Gisvaldo Oliveira, de Floriano, avaliou a greve como positiva. "Fomos vitoriosos. Encerrar a greve não é acabar a luta. Vamos garantir um calendário de mobilizações para o cumprimento desse acordo", afirmou.

O professor Daniel Sólon alerta que momento é de permanecia na articulação da categoria. "O governador Wellington Dias tem um histórico de passar por cima dos acordos. Temos que fortalecer as mobilizações e conseguir a adesão de novos professores para futuramente, caso não sejam cumpridos os acordos, façamos um movimento ainda maior", declara.

Relembre o movimento

A última assembleia dos professores foi realizada dia 03 de abril e avaliou ausência de resposta do governo. Os professores mantiveram o movimento paredista em votação e deliberaram uma marcha em defesa da universidade que resultou em avanços nas negociações com os governos depois do dia 10.

Uma nova reunião com o secretário de governo, Osmar Júnior, foi realizada depois da Marcha ao Palácio de Karnak. As deliberações foram reforçadas com a audiência de conciliação convocada pelo Tribunal de Justiça no dia 12 de abril, com o desembargador Ricardo Gentil.

Para o professor Omar Albornoz, a articulação em defesa da Uespi é uma reação necessária ao sucateamento das politicas para o ensino superior publico estadual. "Vamos mostrar ao governo que nosso movimento não parou, nossa defesa continua. A Uespi está viva e se nega a morrer", pontua.

Autonomia financeira

Uma reunião para discutir sobre a autonomia financeira da Universidade Estadual do Piauí e sobre novas contratações de professores está marcada para o dia 07 de junho.  O governo aponta o fim de maio como período de saída do limite prudencial de gastos.

A professora Lucineide Barros defende um estudo aprofundado sobre financiamento público. "Como as prioridades no âmbito do orçamento público se definem. Para verificarmos o local de prioridade em que nos encontramos", ressalta.

Um seminário sobre autonomia financeira devera ser organizado para as próximas semanas.

 

Uespi