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Dados coletados pelo laboratório Dasa, um dos maiores laboratórios privados do país, mostram que houve um aumento no número de testes positivos para COVID-19 na última semana em suas quase mil unidades, em comparação à semana anterior.

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Enquanto na semana anterior ao carnaval, dos dias 10 a 16 de fevereiro, os números de positivados girava em torno de 20,2%, porém agora na semana do carnaval, dos dias 17 a 23 de fevereiro, esses números chegaram a 23,85%, o que gerou um aumento de 3,65% em relação a semana anterior.

O estado em que houve maior aumento nessa média, foi o estado do Rio de Janeiro, que aumentou de 19,19% na semana pré carnaval e na semana do carnaval registrou 31,5% de casos positivos. Em seguida vem São Paulo, que aumentou de 25,14% para 28,08% de positivados.

Já o Nordeste brasileiro, houve um aumento um pouco mais tímido, mas há a confirmação de tendência de alta, com variação de taxa de positividade, antes do carnaval de 4,27% para 7,16% na semana do evento. A subvariante responsável por esse aumento de casos é XBB.1.5, subvariante da Ômicron, que se tornou predominante nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo e é considerada mais infecciosa do que as anteriores. Essa subvariante consegue gerar uma reinfecção na pessoa que foi contagiada com menos tempo do que as outras variantes da Ômicron.

Estudos mostram que apesar dessa subvariante ser mais contagiosa e a transmissão ser mais fácil, ela não tem gerado casos mais graves da doença em quem tem o esquema vacinal completo com pelo menos 3 doses. Nessa semana começa a ser aplicada no país a partir dessa segunda-feira na maioria dos estados do país.

A XBB.1.5 é surgiu na China e se disseminou no inverno Europeu e dos Estados Unidos, gerando um aumento bastante expressivo nos números de casos e reduzidos nos de internação. No Brasil, o primeiro caso detectado dessa variante ocorreu no fim de janeiro no estado de São Paulo e desde então a FIOCRUZ segue acompanhando os casos.

3min de leitura R7

Foto: Reprodução/Twitter

Uma dose diária do probiótico Saccharomyces cerevisiae UFMG A-905, isolado da produção de cachaça, pode prevenir a asma, doença caracterizada pela inflamação das vias aéreas, limitação do fluxo de ar e remodelamento brônquico (consequência anatômica da inflamação nas vias aéreas) e que afeta 334 milhões de crianças e adultos em todo o mundo. Foi o que mostrou um estudo feito por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e Federal de Minas Gerais (UFMG) com camundongos machos. Os resultados foram publicados na revista Probiotics and Antimicrobial Proteins.

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Embora tratamentos funcionais com probióticos para prevenir ou tratar diversas doenças — de pele, gastrointestinais, neurológicas e alérgicas — venham despertando maior interesse, ainda faltam, em muitos casos, estudos que definam dose e regime de administração ideais para realmente atingir os benefícios esperados. Era o caso da S. cerevisiae UFMG A-905, levedura utilizada pela indústria alimentícia na produção não só de cachaça como também de cerveja e pão. Seu potencial para atenuar sintomas da asma em modelo animal já era conhecido, porém eram necessários mais detalhes de como aproveitá-lo. O novo estudo mostra que o ideal é ingerir diariamente uma dose na concentração de 109 UFC/ml (Unidades Formadoras de Colônias por mililitro da solução administrada aos roedores). Isso representa uma estimativa de 10 bilhões de bactérias viáveis por mililitro. Para se ter uma ideia, o leite fermentado Yakult tem 16 bilhões de probióticos em um frasco de 65 ml.

“É preciso entender que os probióticos funcionam como medicamentos, ou seja, não adianta tomar de vez em quando ou na dose inadequada”, explica Marcos de Carvalho Borges, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e orientador do estudo.

O trabalho, que contou com o apoio da Fapesp, avaliou, durante 27 dias consecutivos, os efeitos de uma dose diária de 100 microlitros (μL) de uma solução com o probiótico em três concentrações diferentes: 107, 108 e 109 UFC/ml. Também foi investigado o regime de dias alternados (três vezes por semana) de administração de 100 μL da solução com 109 UFC/ml de S. cerevisiae UFMG A-905 durante cinco semanas. efeitos de uma dose diária de 100 microlitros (μL) de uma solução com o probiótico em três concentrações diferentes: 107, 108 e 109 UFC/ml. Também foi investigado o regime de dias alternados (três vezes por semana) de administração de 100 μL da solução com 109 UFC/ml de S. cerevisiae UFMG A-905 durante cinco semanas. A avaliação foi feita em camundongos machos sensibilizados intraperitonealmente com ovalbumina (proteína da clara do ovo que induz a asma) e também desafiados com ela intranasalmente. Eles receberam a levedura diretamente no estômago por meio de um tubo.

Os autores descobriram que, em comparação a camundongos do grupo de controle, que receberam apenas solução salina, tanto a administração diária do probiótico quanto aquela em dias alternados reduziram significativamente a hiper-responsividade brônquica, ou seja, o estreitamento exagerado das vias aéreas em resposta a um estímulo, uma das principais características da asma.

Porém, do ponto de vista da inflamação das vias aéreas propriamente dita, apenas a dose mais alta ministrada todos os dias foi capaz de reduzi-la nos camundongos asmáticos.

“Observamos o grau de inflamação pela quantidade de eosinófilos [células de defesa] e pela produção das citocinas, ambos marcadores inflamatórios da asma que se mostraram consideravelmente reduzidos”, explica Borges. “Chegamos à conclusão de que a S. cerevisiae UFMG A-905 isolada da cachaça artesanal tem um bom potencial para prevenir a doença, porém, para isso, deve ser ingerida todos os dias, em uma dose alta.”

A administração diária do probiótico em concentrações de 107 e 108 UFC/ml e em regime de dias alternados não diminuiu significativamente a inflamação das vias aéreas e pulmonares.

“Do ponto de vista de política pública, ter um produto natural como um probiótico, que praticamente não apresenta efeitos colaterais, para potencialmente prevenir o desenvolvimento de uma doença tão prevalente como a asma é muito importante”, completa Borges.

Remédio em formato ideal

Com os estudos em animais finalizados, a ideia agora é elucidar os mecanismos envolvidos no efeito benéfico da S. cerevisiae UFMG A-905 e avaliá-la em humanos para confirmar se os mesmos resultados são reportados. Para isso, os pesquisadores querem ir além de criar um simples comprimido com a solução e pensam em desenvolver produtos alimentícios fermentados com o probiótico.

Em outro trabalho, um mestrado orientado por Borges em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp) e a UFMG, já foi desenvolvido um pão com o efeito preventivo. O produto acaba de ser patenteado e deve ser reportado em breve em revistas científicas.

Agência Fapesp

Foto: Reprodução Agência FAPESP/ Marcos de Carvalho Borges/USP

Pessoas que tiveram um quadro leve de Covid-19, mas passaram a enfrentar ansiedade e depressão meses após a doença, podem ter alterações cerebrais que afetam diretamente a função e a estrutura do cérebro — o que compromete a memória, por exemplo.

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Os dados são de um estudo brasileiro divulgado recentemente, financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que será apresentado na 75ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, em Boston. "Ainda há muito a aprender sobre a Covid longa, que inclui uma ampla gama de problemas de saúde, incluindo ansiedade e depressão, meses após a infecção", disse Clarissa Yasuda, PhD da Unicamp (Universidade de Campinas em São Paulo).

Ela acrescenta: "Nossas descobertas são preocupantes, pois mesmo pessoas com um caso leve de Covid-19 apresentam mudanças em seu cérebro meses depois".

O estudo reuniu 254 pessoas com idade média de 41 anos que passaram por uma infecção leve pelo coronavírus, em média, três meses antes. Por meio de testes, os cientistas avaliaram os sintomas de depressão e ansiedade em cada um.

No total, 102 voluntários apresentaram sinais das condições e 152, não.

Após essa avaliação, foram realizadas varreduras cerebrais em todos os participantes. Nessa fase, eles analisaram se havia danos à massa cinzenta do cérebro, para determinar se aconteceu um encolhimento da região.

Aqueles que tiveram ansiedade e depressão após a Covid-19 apresentaram encolhimento na área límbica do cérebro, também conhecida como cérebro emocional, que participa da memória e processamento emocional do ser humano.

Já os voluntários sem sintomas e sem diagnóstico recente de Covid-19 não tiveram encolhimento cerebral.

O estudo também usou um software especial para avaliar a função cerebral e as mudanças na forma como as áreas do cérebro se comunicavam. Foram analisadas 84 pessoas sem sintomas de ansiedade e depressão, 70 com sinais das condições e 90 sem diagnóstico recente de Covid-19.

Os cientistas descobriram que as pessoas que apresentavam sintomas de ansiedade e depressão tinham alterações funcionais generalizadas em todas as 12 redes cerebrais testadas. Já o grupo sem sintomas teve mudanças em apenas cinco.

"Nossos resultados sugerem um padrão severo de mudanças em como o cérebro se comunica, bem como em sua estrutura, principalmente em pessoas com ansiedade e depressão com síndrome de Covid longa, que afeta tantas pessoas", alertou Yasuda.

Por fim, a pesquisadora complementa que "a magnitude dessas mudanças sugere que elas podem levar a problemas de memória e habilidades de pensamento, por isso precisamos explorar tratamentos holísticos, mesmo para pessoas levemente afetadas pela Covid".

Os cientistas afirmam que uma das únicas limitações do estudo foi que os sintomas de ansiedade e depressão foram autorrelatados, então as pessoas podem tê-los julgado mal. Por isso, eles incentivam que mais estudos identifiquem tratamentos para prevenir quaisquer efeitos a longo prazo da Covid-19 na vida da população em geral.

R7

Foto: Reuters/Diego Vara

O Carnaval é um momento de reunião com amigos e até desconhecidos. Em meio à festança e tanta gente interessante, existe sempre a possibilidade de rolar um clima - mas é preciso atenção. Isso porque as relações ocasionais da folia podem disfarçar e trazer um problema muito maior: as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

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O diretor médico do dr. consulta, Tin Hung Ho, explica que, embora as relações sexuais sejam o principal meio de disseminação de doenças como HIV (vírus da imunodeficiência humana), HPV (papilomavirus), herpes genital, clamídia, gonorreia, sífilis, tricomoníase, cancro, tricomoníase e hepatites, os beijos também podem ser uma fonte de transmissão, destacando a herpes (ou sapinho, como também é conhecida), e a mononucleose, chamada também de doença do beijo. Embora menos comum, o compartilhamento de copos ou canudos pode ser outro meio de contágio.

A mononucleose ganhou notoriedade nos últimos meses devido ao relato da cantora Anitta, que revelou ter o diagnóstico da infecção pelo vírus Epstein-Barr, causador da doença. O vírus, que faz parte da família dos herpevírus, tem sua transmissão pela troca de fluídos corporais e saliva, sendo comumento passada entre as pessoas por meio dos beijos e, menos comumente, até pelo compartilhamento de talheres. Assim, a infecção acaba sendo mais comum entre jovens de 15 a 25 anos, fase em que mais aconteceriam tais tipos de transmissão. Essa doença é um tipo de infecção mais silenciosa, podendo não demonstrar sinais. Porém, quando aparecem, é comum observar inflamações na garganta, nariz e boca; inchaço dos gânglios linfáticos; fadiga; febre; e hipertrofia do baço. Casos sem o cuidado específico podem evoluir para anemia, convulsões e até uma diminuição da contagem de plaquetas no sangue.

O especialista afirma que, para aproveitar bem os blocos de Carnaval, é preciso se manter sempre bem hidratado, com refeições leves, evitar o uso abusivo de álcool e carregar sempre preservativos, sejam eles masculinos ou femininos.

A infectologista Ana Rachel Seni Rodrigues afirma que é importante se atentar ao corpo, de modo a ajudar a localizar possíveis sinais e buscar atendimento médico.

Caso ocorram relações sexuais sem a proteção adequada, os especialistas alertam que não deve ocorrer automedicação e buscar auxílio medicinal para a confirmação se realmente há alguma infecção.

Os médicos ressaltam que o uso de preservativos continua a ser a melhor opção para evitar DSTs, e que a vacinação contra algumas doenças pode auxiliar na prevenção, entre elas as vacinas contra hepatite A, hepatite B e HPV. Manter a testagem de DSTs atualizadas também faz parte da proteção recomendada.

R7

Foto: Amanda Dias/BHAZ