O Hospital Regional Tibério Nunes, referência em atendimento de saúde na região de Floriano, passa por um grande processo de expansão que visa aprimorar e ampliar os serviços de saúde oferecidos à comunidade local e regional. As obras de ampliação do hospital estão divididas em duas etapas que irão melhorar a infraestrutura e a capacidade de atendimento da unidade.
A primeira fase das obras conta com 80 novos leitos, incluindo 02 leitos de isolamento. Essa etapa tem previsão de conclusão para o mês de fevereiro de 2024. Com esses novos leitos, a unidade de saúde poderá acomodar um maior número de pacientes, garantindo um atendimento de alta qualidade e maior disponibilidade de recursos médicos.
A segunda etapa da expansão abrangerá a construção de mais 68 leitos no segundo pavimento, como explica o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo.
"Assim como na primeira, a segunda etapa também contará com leitos de enfermaria, além de mais 02 leitos de isolamento. Quando essa fase for concluída, a capacidade total do hospital terá aumentado para 148 novos leitos, divididos em dois pavimentos", afirmou.
O diretor do hospital, Gabriel Silva, enfatizou que as reformas na unidade de saúde fortalecerão ainda mais Floriano como um polo de saúde na região e permitirão a alocação adequada de serviços médicos.
"A ampliação do Hospital Regional Tibério Nunes é um passo importante no fortalecimento da infraestrutura de saúde na macrorregião de Floriano, garantindo um atendimento mais abrangente e de alta qualidade para a população local”, destaca.
O ácido acetilsalicílico é um medicamento comum e de uso variado e, agora, os cientistas podem ter descoberto mais uma utilização para ele: a prevenção do câncer colorretal. Em um estudo, pesquisadores da LMU (Ludwig Maximilian University), de Munique, na Alemanha, descobriram que o medicamento induz a produção de duas moléculas de microRNA supressoras de tumor, chamadas de miR-34a e miR-34b/c.
Eles descobriram, também, que, quando pacientes com doenças cardiovasculares tomavam baixas doses do ácido acetilsalicílico durante vários anos, o risco de câncer colorretal era reduzido.
Para tal produção, o ácido acetilsalicílico se liga à enzima AMPK e a a, alterando o fator de transcrição NRF2, responsável por influenciar a expressão genética do miR-34a. O medicamento suprime também as moléculas c-MYC, genes cancerígenos que inibem o NRF2.
Os resultados mostraram que os genes miR-34 são essenciais para que o remédio possa ter o efeito inibitório nas células do câncer de intestino, não gerando os efeitos benéficos atestados em células sem tais genes.
O câncer é a doença urológica mais temida pelos homens (58%), seguida pela impotência sexual (37%). Nos homens acima de 40 anos, apenas 32% se consideram muito preocupados com a própria saúde e 46% só vão ao médico quando sentem alguma coisa diferente. O percentual atinge 58% quando ele procura atendimento apenas no SUS (Sistema Único de Saúde). O exame de toque retal ainda desperta temor em um em cada sete homens. O receio é maior nos homens com idade acima de 60 anos.
Os dados fazem parte da pesquisa de percepção do homem sobre sua saúde, realizada pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), com o apoio do Laboratório Adium, que está sendo divulgada nesta quarta-feira (1º) pela entidade. O estudo foi feito pelo Instituto de Pesquisa IDEIA por meio de aplicativo mobile com homens acima de 40 anos de todas as regiões do país.
A maior proporção dos homens que só vão ao médico ao sentir algo está no grupo entre 40 e 44 anos (49%). Ao contrário, o que mostrou ter maior cuidado com a saúde é aquele acima de 60 anos, com 78%, afirmando que fazem exames a cada seis meses ou um ano. De acordo com a SBU, mesmo com esses números, metade dos homens com mais de 40 tem medo ou ansiedade quando pensa na sua saúde.
“Sentir alguma coisa é algo que não passou com remédio caseiro. Ele foi à farmácia procurar algum paliativo que pudesse ajudar aquele sintoma e a coisa não melhorou. Essa atitude do homem faz com que ele tenha uma expectativa de vida, sete ou oito anos menor que a das mulheres”, afirmou o presidente da SBU, Alfredo Canalini.
A maioria dos homens ouvidos disse saber sobre o câncer (75%) e a prostatite (59%), mas a HPB (hiperplasia benigna), apesar de mais prevalente, é menos conhecida. Apenas 43% têm informações sobre ela. O desconhecimento da HPB é maior entre os mais jovens, de 40 a 44 anos, somente 39% sabem o que é. A estimativa é de que cerca de 50% dos homens acima de 50 anos terão algum grau de HPB.
“Na HPB a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga, aumenta de tamanho devido ao crescimento celular excessivo. E é mais comum em homens acima de 50 anos”, disse o vice-presidente da SBU, Roni Fernandes.
Os sintomas são aumento da frequência de urinar durante o dia, diminuição da força e do calibre do jato urinário, dificuldade para iniciar a micção, sensação de urgência para urinar e outros sintomas relacionados ao trato urinário. De acordo com o médico, esses sintomas ocorrem porque o aumento do tamanho da próstata pode comprimir a uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. Isso leva a uma obstrução parcial do fluxo urinário e causa os sintomas mencionados. A HBP também pode interferir no funcionamento da bexiga e dos rins.
Conforme a SBU, mesmo que as dificuldades de micção sejam mais comuns com o avançar da idade, o problema não deve ser considerado aceitável e normal no envelhecimento. Apesar disso, 38% dos participantes consideram, totalmente ou parcialmente que é normal ter dificuldade para urinar com o passar do tempo, e que isso não é motivo de preocupação. O índice de concordância com esse pensamento aumenta entre os homens de mais de 60 (48%).
“A próstata aumentada é uma das causas da dificuldade de urinar e, em longo prazo, se não tratada, pode causar retenção urinária, infecções e lesão no trato urinário, incluindo os rins”, apontou a SBU.Câncer de próstata
Dados do SIH/SUS (Sistema de Informações Hospitalares), do Ministério da Saúde, de janeiro a julho de 2023 indicam que houve 21.803 internações em decorrência da doença. A Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), para a doença, é a existência de 71.730 novos casos anuais no período de 2023/2025. Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, em 2022 foram 16.292 óbitos pela doença, ou seja, 44 mortes por dia.
Sinais e sintomas De acordo com a SBU, embora não sejam específicos do câncer de próstata, merecem atenção as identificações de sangue na urina ou no sêmen, micção frequente, fluxo urinário fraco ou interrompido, levantar-se diversas vezes à noite para urinar, chamada de noctúria.
Segundo o presidente da SBU, mesmo tendo precisado de reforço nos últimos 14 anos, a conscientização sobre a doença vem progredindo. “Os homens começaram a se importar com a questão do diagnóstico precoce deste tipo de tumor”
Sedentarismo Os entrevistados relataram alguns problemas de saúde, sendo os mais citados o sedentarismo (26%), a pressão alta (24%), e a obesidade (12%). Do total, 35% responderam que não têm nenhum problema de saúde. O menor índice de escolha do sedentarismo ficou entre os homens 60+ (18%). Nessa faixa etária o problema mais comum é a pressão alta (40%).
“Na realidade, essa pesquisa só colocou em números aquilo que já percebíamos, porque ainda existe certa relutância do homem em procurar fazer exames de rotina. Eles só procuram o médico quando estão sentindo alguma coisa”, disse o presidente da SBU.
Recomendações De acordo com a SBU, mesmo sem apresentar sintomas, homens a partir de 50 anos devem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada. Já os que integrarem o grupo de risco, como afrodescendentes ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata ou obesos, devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos.
A análise da próstata é feita pela dosagem do PSA, uma enzima com algumas características de marcador tumoral no sangue, juntamente com o exame de toque. “Um exame não exclui o outro, visto que é possível ter PSA aumentado e não ter a doença ou tê-lo normal e ter a doença. O PSA também pode aumentar no caso de prostatite e HPB, e há situações em que ele não se altera mesmo com o câncer em curso”, relatou a SBU.
O tratamento varia conforme o estágio da doença, com as condições clínicas e o desejo do paciente. Entre elas estão: cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos.
“Parar de fumar, ter uma alimentação saudável, fazer atividade física regular e evitar a obesidade trazem muitos benefícios. Visitas regulares ao médico devem ser feitas, mesmo que não haja sintomas, porque o diagnóstico eo tratamento precoces ajudam a controlar as doenças e evitam suas complicações”, disse Alfredo Canalini, presidente da SBU.
Os 25 municípios que fazem parte da região dos Rios Piauí e Itaueira entraram em uma nova etapa do projeto Planifica SUS. A nova etapa, chamada de “Controle I”, será um momento para realizar diagnóstico, alimentando uma avaliação no sistema do Planifica SUS para analisar todas as etapas e trabalhos já realizados pelos municípios, verificando as necessidades que ainda existem para que esses municípios possam concluir os trabalhos e fases anteriores do Projeto.
O trabalho de introdução a nova etapa foi feito nos dias 24 e 25 de Outubro, onde representantes da área técnica da Secretaria de Estado da Saúde, juntamente ao o consultor do projeto Planifica SUS no estado, se reuniram com as referências técnicas de todos os 25 municípios para apresentar o que deverá ser feito nesse novo momento.
“Agora seguimos como estado, junto aos municípios, para essa nova etapa. A ideia desse diagnóstico é saber se todos os municípios atingiram o mesmo nível nas etapas anteriores e se existem intervenções possíveis, por parte da secretaria, para ajudá-los no processo. A previsão é a realização da próxima etapa de controle para o mês de Dezembro”, explica Cristiane Moura Fé, diretora de Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi.
O Planifica SUS é um projeto de planificação da atenção a saúde, que é executado ao fazer uma reorganização dos processos de trabalho dentro da atenção primária, além de buscar integrar a atenção primária com a atenção ambulatorial especializada, buscando levar mais qualidade e resolutividade para o atendimento da população que chega até os serviços. No Piauí o projeto trabalha na implantação da linha materno infantil na região dos rios Piauí e Itaueira.