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ruaNa noite de ontem, 19, um passageiro foi atingido de raspão na perna durante um assalto a ônibus. O crime ocorreu em um ônibus que fazia linha Santa Maria via Centenário, na zona Norte de Teresina. Durante a ação criminosa, passageiros passaram mal.

O motorista do ônibus, que preferiu não ser identificado, conta que os assaltantes aparentavam ser menores de idades. A dupla entrou no coletivo, anunciou o assalto e, apontando uma arma de fogo para a cabeça das vítimas, recolheram os pertences pessoais.

De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), somente ontem, foram registradas três assaltos a ônibus na Capital.

Nesta sexta-feira (21), O Sintetro fará assembleia geral extraordinária para discutir, entre outros pontos, o pagamento dos assaltos pelos profissionais da categoria.

"Eles entraram na praça do Poty Velho e depois de lá anunciaram o assalto. Um ficou no fundo e puxou a pistola. O outro passava pegando o que a gente tinha", disse o motorista Evaldo Matos que estava como passageiro do ônibus.

A ação criminosa durou cerca de quatro minutos.  Nesse intervalo de tempo, um dos suspeitos atirou, mesmo as vítimas entregando tudo o que tinham de valor material.

"Ele pedia dinheiro, bolsa, celular. A gente dava tudo, mas ele achava que não era suficiente. Então atirou pro chão e pegou de raspão um rapaz que ficou com a perna bem queimada. O bandido depois disse que o próximo tiro seria na cabeça", acrescenta Matos.

No coletivo estavam cerca de 45 passageiros. A dupla desceu em uma rua sem pavimentação (foto)  que dá acesso ao bairro Monte Verde, também na zona Norte.

Medo constante

Uma estudante, também vítima do assalto, relata que andar de ônibus é “viver eternamente com medo”. Ela argumenta que as empresas precisam oferecer mais segurança aos passageiros, mas, ao mesmo tempo, compreende que devido o aumento da criminalidade isso é “impossível, infelizmente”.

A estudante diz que o jeito é encarar a situação e entregar o celular, por exemplo, porque o aparelho vale menos que uma vida.

“Praticamente toda semana, toda mês, tem assalto. Está muito difícil andar de ônibus, você já entra no ônibus com aquela sensação que vai acontecer alguma coisa.  Você não pode mexer no celular, não pode dar a entender que tem alguma coisa de valor na bolsa porque você nunca sabe se a pessoa ao lado é assaltante ou não é, até porque eles entram, geralmente, como estudantes e mochilas nas costas, bem vestidos”, disse uma das vítimas, que preferiu não se identificar.

 

cv