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Os efeitos relacionados à seca, que por sua vez retira o trabalho de muitos agricultores, bem como lhes retira o sustento diário, tem encontro-estiagem1612013feito com que 200 mil camponeses tenham fugido do campo neste período de estiagem. O fato foi colocado pelo vice-presidente da Fetag-PI, Antônio José da Rocha Oliveira, durante a plenária em Teresina.

 

Segundo o secretário de Política Agrícola da Contag, José Wilson de Sousa Gonçalves, também presente na Plenária em Teresina, a política social, do ponto de vista do que foi negociado junto do Governo Federal, não tem possibilitado minimizar os efeitos da estiagem. “Até o momento a política tem sido pouco implementada, por conta da burocracia”, explica. Gonçalves também afirma que a política de acesso ao crédito não tem avanço por culpa também das burocracias.

 

Aqui se encontra um ponto crítico, já que boa parte da agricultura familiar tem se sustentado na política de créditos.

 

“O Garantia Safra também não foi liberado em tempo hábil. Era para ter saído no mês de maio, mas ainda hoje há municípios que ainda não receberam a parcela”, lamenta relatando a situação Brasil afora.

 

No que diz respeito à venda subsidiada do milho da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Secretário de Política Agrícola, demonstra através de levantamento da Contag que não foi implementado o negociado. O Governo Federal previa a venda de 400 mil toneladas, no entanto até o mês de dezembro apenas 92 mil toneladas haviam chegado aos campos, embora já tivesse sido contratado 350 mil.

 

A venda subsidiada do milho tem o objetivo de chegar aos pequenos e médios agricultores a preço mais barato, para alimentação de animais. Neste ponto, registra-se que em todo o Nordeste foram perdidas 1 milhão, apenas de cabeças de gado. “Imagine o que significa isso, se somamos as famílias afetadas”, lembra Gonçalves.

 

Claudiana Pereira, é agricultora de Angical e conta que de fato o último período, foi de muito sofrimento. “A seca nos prejudicou muito. Quem plantou não colheu, porque a chuva foi escassa. Os animais, muitos deles, morreram de fome porque a pastagem não crescia para sua alimentação”, diz.

 

Silvio Queiroz, também de Angical, se arriscou a plantar e espera boa chuva para boa colheita. “ Plantei, feijão, milho arroz, essas coisas não podem faltar e estou com esperança de que a colheita vingue”, conta.

 

Agricultores pensam em alternativas para o campo

Agricultores dos polos de Teresina, Médio-Parnaíba e Valença, inciaram ontem (15), a última plenária preparatória para o Congresso Nacional da Categoria. O encontro deve se encerrar hoje, 16. Durante solenidade de abertura, os agricultores contaram com a participação do Presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Alberto Broch, como também do secretário de Política Agrícola.

 

Segundo o vice-presidente da Fetag – PI (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Piauí), foram realizadas seis plenárias bastante participativas, o que dará uma média de 182 delegados para o congresso. A mesma preparação acontece em todas as federações do Brasil rumo ao 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR) da CONTAG, que acontece em Brasília de 4 a 8 de março de 2013.

 

Durante as plenárias, os agricultores puderam colocar, de modo visível e bastante contundente, o modo como a seca vêm assolando o Estado do Piauí. Outro ponto discutido, foram os efeitos do avanços de megaempresas multinacionais alocadas no Estado. “Os efeitos são muito diversos e perversos para a agricultura, e para os agricultores que, por muitas vezes são explorados nestes campos, ganhando bem menos do que deveriam”, diz.

 

O presidente nacional da Contag lembra que, atualmente, os Estados do Nordeste vivem a maior seca dos últimos 40 anos, havendo uma necessidade de se voltar para solucionar tais problemas. “Devemos cobrar junto aos Governo Federal, para que o mesmo possa implementar as políticas públicas já anunciadas como bolsa estiagem, seguro safra, milho da Conab e outros”, Alberto Broch.

 

Outro ponto apontado está em lembrar o poder público, local e Federal, da importância de recuperar a produção perdida. “Temos que recuperar nossos pés de cajus que foram perdidos, nossas mangas, nosso gado, enfim, tudo que foi perdido com a seca. Acreditamos também que não devemos lutar contra a seca, mas sim por uma política de convivência com o Semiárido, já que as condições climáticas são estas”, diz.

 

Agricultores devem receber mais de 18 mi

Agricultores do Piauí devem receber aplicação de R$ 18.126.000,00 através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O recurso oriundo do Ministério do Desenvolvimento Agrário será garantido através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), devendo ser voltado para incentivo à agricultura Familiar.

 

A verba, segundo o secretário Rubem Martins, visa beneficiar cerca de 8.070 agricultores de 178 municípios piauienses, assim como 791 instituições filantrópicas. Rubem explica que o programa é dinâmico, podendo modificar o número de municípios beneficiados de acordo com a necessidade.

 

O programa será voltado para compra de alimentos direto da agricultura familiar. “Queremos com isso, incentivar este setor. O pagamento será feito direto no cartão do produtor. Os cadastros podem ainda se modificar de acordo com os interesses de sindicatos e municípios”, diz o secretário.

 

O secretário lembra ainda que este trabalho é feito com uma equipe trabalhando diretamente junto aos sindicatos rurais. Os beneficiados são àqueles agricultores cadastrados no Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar), de baixa renda que produzem dentro de seu imóvel.

 

Os projetos vinculados ao PAA, conforme a proposta, deverão ser executados entre os meses de janeiro a dezembro do corrente ano. O termo de adesão Nº 04/2012 (nova modalidade do PAA), firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Governo do Estado do Piauí, através da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), tem por finalidade gerir a execução das propostas.

 

O prazo de vigência do termo de adesão corresponde a 60 meses. Por sua vez, os beneficiários e fornecedores envolvidos nas operações de aquisição devem se dirigir às agências do Banco do Brasil portando o cartão do produtor, a fim de retirar seus benefícios.

 

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